Some música clássica, bons atores, humor leve e inocente e um drama psicológico envolvente e bem construído e teremos “O Concerto”. Com roteiro e direção inteligente de Radu Mihaileanu, que faz com que nos esqueçamos de questionar a improbabilidade de uma orquestra, ainda nem mesmo formada, conseguir se passar pelos músicos do Bolshoi para se apresentar em Paris, o filme começa com um ritmo sonolento, mas aos poucos somos envolvidos pelo drama do maestro Andreï Filipov e sua paixão obsessiva pela harmonia perfeita.
Entre os atores, chama atenção o trio central, composto pelo maestro Filipov, interpretado por Aleksey Guskov, seu melhor amigo, Sasha (Dmitri Nazarov) e, a mais conhecida do elenco, Mélanie Laurent (“Bastardos Inglórios”), que protagoniza a cena mais emocionante do longa na pele da violinista Anne-Marie Jacquet .
Outro fator que merece atenção, e que é um dos protagonistas dos mais belos momentos do filme, é sua trilha sonora. Como é um filme sobre um concerto, não é preciso dizer que temos uma trilha recheada de música clássica. Mas, além disso, são acrescentados elementos regionais, como a música cigana, que dão um toque mais suave e divertido a algumas cenas. A grande apresentação também conta com uma emocionante interpretação de Tchaikovsky, compositor russo mais conhecido aqui por seus balés, como “O Lago dos Cisnes” e “O Quebra Nozes”.
Com minutos finais capazes de levar o espectador às lágrimas, “O Concerto” acerta ao dosar um humor inocente e um roteiro que de longe parece simplório com um drama inspirado nas frustrações humanas e no desejo de superá-las. Divertido, simples e um pouco previsível, mas mesmo assim extremamente tocante.
O Concerto (Le concert, 2009, França/Itália/Romênia/Bélgica/Rússia)
direção: Radu Mihaileanu; roteiro: Radu Mihaileanu; fotografia: Laurent Dailland; montagem: Ludo Troch; música: Armand Amar; produção: Alain Attal; com: Aleksey Guskov, Dmitri Nazarov, Mélanie Laurent, François Berléand, Miou-Miou, Valeriy Barinov, Lionel Abelanski, Laurent Bateau, Vlad Ivanov; estúdio: Wild Bunch; distribuição: Paris Filmes. 119 min
Entre os atores, chama atenção o trio central, composto pelo maestro Filipov, interpretado por Aleksey Guskov, seu melhor amigo, Sasha (Dmitri Nazarov) e, a mais conhecida do elenco, Mélanie Laurent (“Bastardos Inglórios”), que protagoniza a cena mais emocionante do longa na pele da violinista Anne-Marie Jacquet .
Outro fator que merece atenção, e que é um dos protagonistas dos mais belos momentos do filme, é sua trilha sonora. Como é um filme sobre um concerto, não é preciso dizer que temos uma trilha recheada de música clássica. Mas, além disso, são acrescentados elementos regionais, como a música cigana, que dão um toque mais suave e divertido a algumas cenas. A grande apresentação também conta com uma emocionante interpretação de Tchaikovsky, compositor russo mais conhecido aqui por seus balés, como “O Lago dos Cisnes” e “O Quebra Nozes”.
Com minutos finais capazes de levar o espectador às lágrimas, “O Concerto” acerta ao dosar um humor inocente e um roteiro que de longe parece simplório com um drama inspirado nas frustrações humanas e no desejo de superá-las. Divertido, simples e um pouco previsível, mas mesmo assim extremamente tocante.
O Concerto (Le concert, 2009, França/Itália/Romênia/Bélgica/Rússia)
direção: Radu Mihaileanu; roteiro: Radu Mihaileanu; fotografia: Laurent Dailland; montagem: Ludo Troch; música: Armand Amar; produção: Alain Attal; com: Aleksey Guskov, Dmitri Nazarov, Mélanie Laurent, François Berléand, Miou-Miou, Valeriy Barinov, Lionel Abelanski, Laurent Bateau, Vlad Ivanov; estúdio: Wild Bunch; distribuição: Paris Filmes. 119 min
4 comentários:
Pretendo ver este "O Concerto" em breve.
Mas o que me leva a comentar é sua observação final:
"...e um pouco previsível..."
Em geral emprega-se o termo previsível de forma negativa em analise de filmes (ñ afirmo nem nego q vc o faça Mariana, só aproveitei "a deixa").
Por que ser previs´vel é ruim? Nem sempre o é. Sempre sabemos qual será o destino final dos mocinho e vilões das animações da Disney/Pixar, e nem por isso seus filmes são menos maravilhosos :).
Alguem duvida por algum momento que o Homem Aranha irá vencer o vilão de seus filmes? Isso torna o filme inferior!?
Alguém achou que Frodo não iria conseguir cumprir sua missão? :)
Enfim, nada contra a imprevisibilidade, muito pelo contrario. Mas ser privisível ou não, não é demerito.
Mariana, desculpe, nada contra sua analise, como disse só aproveitei pra refletir sobre esse "estigma" que pesa sobre os filme previsíveis :).
William, como você ainda não viu o filme não vou entregar o motivo de ter usado o termo previsível. Quando assistir a cena final você vai compreender. De qualquer forma, caso não tenha reparado usei o termo MAS logo após o previsível exatamente por isso. Em alguns casos ser previsível atrapalha, sim. Porém, em "O concerto" isso não diminui o encanto.
Por fim assisti :).
Confesso que o humor meio abobalhado, nao me agradou, em nenhum momento.Achei totalmente dispensável, e por pouco não me leva a desistir do filme. Porém o lado dramático do filme me segurou e emocionou. A sequência final é de chorar mesmo... e eu chorei. Nada contra comedia, humor. Só acho que ficou deslocado nesse longa. Tivesse ficado focado somente no drama e creio seria melhor. Sei-lá :).
SPOILER - SPOILER
Quanto a previsibilidade, discordo. Eu não achei previsível. Fiquei até o fim temendo q o concerto pudesse ser um fiasco, mas que eles mesmo assim se sentissem realizados por tentarem, que não se revelasse a verdade a Anne-Marie Jacquet, não esperava o sucesso a ponto de fazerem tournê, etc... :).. mas isso foi a minha experiência com o filme e confesso que hoje em dia assisto a filmes com menos idolatria que antes, pelos mesmos, de modo a não ficar preocupado a captar cada nuance, cada detalhe sub-oculto, cada intenção velada dos autores, cada sutileza, cada mensagem subliminar... etc.
Enfim.
Valeu.
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