O termo “música brega” se difundiu como sinônimo de música popular de melodias pegajosas e repetitivas e letras que versam sobre aventuras e desventuras amorosas. Na verdade, o “brega” tomou o lugar do que antes era conhecido como “música romântica”. E se Waldick Soriano é o Johnny Cash desse tão discriminado gênero musical, o filme feito em sua homenagem é o que se pode chamar de um “documentário romântico”.
Dirigido pela atriz Patrícia Pillar, que faz sua estreia como cineasta, “Waldick, Sempre no Meu Coração” se enquadra nos moldes dos filmes biográficos sobre personalidades da música que tem sido feitos aos montes no Brasil. Mas diferente do que se faz com freqüência nesses filmes, em “Waldick” os depoimentos tomados não são de outros músicos ou pesquisadores que falam sobre a importância de Soriano para a música brasileira, os grandes feitos de sua carreira etc.
Aqui, todos os entrevistados possuem uma ligação sentimental com o personagem principal do documentário: o filho, que aparece numa conversa reservada e muito pessoal com o pai numa mesa de bar; a ex-mulher, que tenta esconder o choro ao relembrar do homem de sua vida; e até mesmo o fã, que não se acanha ao dançar enquanto tenta explicar como a música de Waldick toca seu coração.
Patrícia Pillar fez um filme afetivo, tanto pela admiração que ela demonstra pela figura e o universo de Waldick (que é reconstruído na tela através de recortes do que se tem por "cultura brega", para compor cenas mudas entre um depoimento e outro) quanto pela emoção que o próprio cantor e compositor faz questão de externar para a câmera. Se brega é ser intenso e sincero como Waldick aparece na tela, talvez o que falte a muita gente é um pouco de cafonice na vida.
Dirigido pela atriz Patrícia Pillar, que faz sua estreia como cineasta, “Waldick, Sempre no Meu Coração” se enquadra nos moldes dos filmes biográficos sobre personalidades da música que tem sido feitos aos montes no Brasil. Mas diferente do que se faz com freqüência nesses filmes, em “Waldick” os depoimentos tomados não são de outros músicos ou pesquisadores que falam sobre a importância de Soriano para a música brasileira, os grandes feitos de sua carreira etc.
Aqui, todos os entrevistados possuem uma ligação sentimental com o personagem principal do documentário: o filho, que aparece numa conversa reservada e muito pessoal com o pai numa mesa de bar; a ex-mulher, que tenta esconder o choro ao relembrar do homem de sua vida; e até mesmo o fã, que não se acanha ao dançar enquanto tenta explicar como a música de Waldick toca seu coração.
Patrícia Pillar fez um filme afetivo, tanto pela admiração que ela demonstra pela figura e o universo de Waldick (que é reconstruído na tela através de recortes do que se tem por "cultura brega", para compor cenas mudas entre um depoimento e outro) quanto pela emoção que o próprio cantor e compositor faz questão de externar para a câmera. Se brega é ser intenso e sincero como Waldick aparece na tela, talvez o que falte a muita gente é um pouco de cafonice na vida.
nota: 8/10 -- vale o ingresso
Waldick, Sempre no Meu Coração (2007, Brasil)
direção: Patrícia Pillar; roteiro: Patrícia Pillar, Fausto Nilo, Quito Ribeiro; fotografia: Leandro HBL, Miguel Vassy, Pedro Urano; montagem: Quito Ribeiro; produção: Mariza Leão, Patrícia Pillar; distribuição: Pequena Central. 58 min
direção: Patrícia Pillar; roteiro: Patrícia Pillar, Fausto Nilo, Quito Ribeiro; fotografia: Leandro HBL, Miguel Vassy, Pedro Urano; montagem: Quito Ribeiro; produção: Mariza Leão, Patrícia Pillar; distribuição: Pequena Central. 58 min
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