“Vocês, os Vivos” é o quarto longa-metragem dirigido por Roy Andersson, cineasta sueco que está na estrada desde 1967. Depois de um intervalo de 25 anos sem rodar um longa, ele voltou à ativa em 2000 com “Canções do Segundo Andar”, descrito como um “filme-poema”, que teve première em Cannes e rodou mostras no Brasil.
Sem conhecer toda a obra do cineasta, minha reação frente a “Vocês, os Vivos” foi de certa confusão, uma vez que é difícil dizer até mesmo se este é um filme de fato. Trata-se de uma coletânea de situações cotidianas que beiram o nonsense e têm em comum um tom de “melancomédia”.
É um longa muito bem fotografado, em que a câmera permanece estática em enquadramentos de composição rígida, mas é difícil de ser apreciado linearmente. É como se Wes Anderson (posso sentir o arrepio na espinha de alguns) dirigisse um monte de vinhetas com seus personagens excêntricos em situações bizarras, mas que de alguma forma consegue ter uma beleza sensorial, além de estética.
Tedioso em diversos segmentos, hilariante em outros e simplesmente inócuo às vezes, é um filme em que personagens cruzam seus caminhos num estranho simulacro da vida, onde somos levados a rir da desgraça alheia – mais num ato de compaixão do que de deboche. Há, de certa forma, um objetivo de refletir sobre o sofrimento. Nesse sentido, o filme de Andersson se sai bem melhor do que “Crash - No Limite”, por exemplo.
Sem conhecer toda a obra do cineasta, minha reação frente a “Vocês, os Vivos” foi de certa confusão, uma vez que é difícil dizer até mesmo se este é um filme de fato. Trata-se de uma coletânea de situações cotidianas que beiram o nonsense e têm em comum um tom de “melancomédia”.
É um longa muito bem fotografado, em que a câmera permanece estática em enquadramentos de composição rígida, mas é difícil de ser apreciado linearmente. É como se Wes Anderson (posso sentir o arrepio na espinha de alguns) dirigisse um monte de vinhetas com seus personagens excêntricos em situações bizarras, mas que de alguma forma consegue ter uma beleza sensorial, além de estética.
Tedioso em diversos segmentos, hilariante em outros e simplesmente inócuo às vezes, é um filme em que personagens cruzam seus caminhos num estranho simulacro da vida, onde somos levados a rir da desgraça alheia – mais num ato de compaixão do que de deboche. Há, de certa forma, um objetivo de refletir sobre o sofrimento. Nesse sentido, o filme de Andersson se sai bem melhor do que “Crash - No Limite”, por exemplo.
nota: 6/10 -- veja sem pressa
Vocês, os Vivos (Du levande, 2007, Suécia/Alemanha/França/Dinamarca/Noruega)
direção: Roy Andersson; roteiro: Roy Andersson; fotografia: Gustav Danielsson; montagem: Anna Märta Waern; música: Benny Andersson; produção: Pernilla Sandström; com: Jessika Lundberg, Elisabeth Helander, Björn Englund, Leif Larsson, Olle Olson, Birgitta Persson, Kemal Sener, Håkan Angser, Rolf Engström, Gunnar Ivarsson, Patrik Anders Edgren; estúdio: Posthus Teatret, Roy Andersson Filmproduktion, Svenska Filminstitutet; distribuição: Filmes da Mostra. 95 min
direção: Roy Andersson; roteiro: Roy Andersson; fotografia: Gustav Danielsson; montagem: Anna Märta Waern; música: Benny Andersson; produção: Pernilla Sandström; com: Jessika Lundberg, Elisabeth Helander, Björn Englund, Leif Larsson, Olle Olson, Birgitta Persson, Kemal Sener, Håkan Angser, Rolf Engström, Gunnar Ivarsson, Patrik Anders Edgren; estúdio: Posthus Teatret, Roy Andersson Filmproduktion, Svenska Filminstitutet; distribuição: Filmes da Mostra. 95 min
4 comentários:
Preciso ver esse filme, pois gosto bastante de Songs from the Second Floor!
Realmente, eu também não cheguei à conclusão se é um filme de fato.
Assisti há dois anos, quando passou no FIC Brasília e em meio a tantos filmes bons da maratona, esse só conseguiu me dar um sono enorme e muita preguiça. Não gostei nem um pouco, perdi a paciência na metade.
Renato, vi no blog do Fred que você gostaria de assistir Half Nelson. O filme já está na programação do Telecine.
gde abraço.
Ah é? Puxa... Não sei para quê eu tenho TV a cabo. hehehe
[]s!
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