Quando você assistir a “Os Falsários”, provavelmente vai encontrar semelhanças com outro filme situado na Segunda Guerra Mundial, também lançado este ano: "Operação Valquíria", de Bryan Singer, que narra a tentativa do coronel nazista Claus von Stauffenberg de matar Adolph Hitler e acabar com a guerra, contando com a ajuda de um grupo de militares rebelados. Em “Os Falsários”, o plano não é tão ousado, mas também tenta por fim ao conflito a partir de dentro do Terceiro Reich.
Assim como o filme estrelado por Tom Cruise, esta co-produção germano-austríaca remonta um episódio curioso que se passou nos bastidores da guerra, sem com isso ser de fato um “filme de guerra”. Mas diferente de “Operação Valquíria”, que carrega nos tons de suspense, “Os Falsários” se concentra em ser um filme de personagens, embora existam, sim, alguns momentos de tensão.
O diretor e roteirista Stefan Ruzowitzky narra a história, adaptada do livro de Adolf Burger, através da relação do protagonista – Salomon “Sally” Sorowitsch, um famoso falsificador de documentos e habilidoso desenhista – com os demais presos judeus no campo de concentração de Mauthausen e, posteriormente, em Sachsenhausen. A principal preocupação do cineasta é explorar os conflitos morais que surgem entre aqueles homens enquanto recebem ordens para falsificar dinheiro para o governo alemão – um crime praticado pelos nazistas que poucas vezes se vê ser mencionado em filmes sobre a Segunda Guerra.
Ruzowitzky (não muito conhecido no Brasil e aqui já em seu sexto longa, após títulos como o terror “Anatomia” e o drama de época “Os Herdeiros”) é ambicioso o bastante para acompanhar aquele grupo em diferentes períodos do encarceramento, não ficando somente no episódio principal. Ele constrói camadas e é detalhista, mas não ao ponto de ser obsessivo. Por outro lado, sua direção adota uma postura por vezes inadequada, usando uma câmera nervosa sem motivo, com zooms típicos de filmagem de campo de batalha – ou seja, tenta ser “filme de guerra” onde não deve. Além disso, a fotografia recorre ao mais que batido tom cinza, comumente usado para retratar o holocausto.
Mesmo com essas opções visuais, “Os Falsários” consegue prender a atenção. O elenco é bom e o ator principal, Karl Markovics, faz um trabalho sólido. Não é possível julgar se o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, o primeiro da Áustria, foi merecido, sem termos visto os outros concorrentes, que até esta data permanecem inéditos no Brasil (embora haja a forte suspeita de que “Katyn”, do grande Andrzej Wajda, seja superior). Mas o longa não deixa de ser uma interessante adição à vasta filmografia que retrata esse período negro da história mundial.
Assim como o filme estrelado por Tom Cruise, esta co-produção germano-austríaca remonta um episódio curioso que se passou nos bastidores da guerra, sem com isso ser de fato um “filme de guerra”. Mas diferente de “Operação Valquíria”, que carrega nos tons de suspense, “Os Falsários” se concentra em ser um filme de personagens, embora existam, sim, alguns momentos de tensão.
O diretor e roteirista Stefan Ruzowitzky narra a história, adaptada do livro de Adolf Burger, através da relação do protagonista – Salomon “Sally” Sorowitsch, um famoso falsificador de documentos e habilidoso desenhista – com os demais presos judeus no campo de concentração de Mauthausen e, posteriormente, em Sachsenhausen. A principal preocupação do cineasta é explorar os conflitos morais que surgem entre aqueles homens enquanto recebem ordens para falsificar dinheiro para o governo alemão – um crime praticado pelos nazistas que poucas vezes se vê ser mencionado em filmes sobre a Segunda Guerra.
Ruzowitzky (não muito conhecido no Brasil e aqui já em seu sexto longa, após títulos como o terror “Anatomia” e o drama de época “Os Herdeiros”) é ambicioso o bastante para acompanhar aquele grupo em diferentes períodos do encarceramento, não ficando somente no episódio principal. Ele constrói camadas e é detalhista, mas não ao ponto de ser obsessivo. Por outro lado, sua direção adota uma postura por vezes inadequada, usando uma câmera nervosa sem motivo, com zooms típicos de filmagem de campo de batalha – ou seja, tenta ser “filme de guerra” onde não deve. Além disso, a fotografia recorre ao mais que batido tom cinza, comumente usado para retratar o holocausto.
Mesmo com essas opções visuais, “Os Falsários” consegue prender a atenção. O elenco é bom e o ator principal, Karl Markovics, faz um trabalho sólido. Não é possível julgar se o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, o primeiro da Áustria, foi merecido, sem termos visto os outros concorrentes, que até esta data permanecem inéditos no Brasil (embora haja a forte suspeita de que “Katyn”, do grande Andrzej Wajda, seja superior). Mas o longa não deixa de ser uma interessante adição à vasta filmografia que retrata esse período negro da história mundial.
nota: 7/10 -- vale o ingresso
Os Falsários (Die Fälscher ou The Counterfeiters, 2007, Áustria/Alemanha)
direção: Stefan Ruzowitzky; roteiro: Stefan Ruzowitzky (baseado no livro de Adolf Burger); fotografia: Benedict Neuenfels; montagem: Britta Nahler; música: Marius Ruhland; produção: Josef Aichholzer, Nina Bohlmann, Babette Schröder; com: Karl Markovics, August Diehl, Devid Striesow, Martin Brambach, August Zirner, Veit Stübner, Sebastian Urzendowsky, Andreas Schmidt, Tilo Prückner, Lenn Kudrjawizki, Norman Stoffregen; estúdio: Magnolia Filmproduktion, Babelsberg Film, Beta Cinema; distribuição: Europa Filmes. 98 min
direção: Stefan Ruzowitzky; roteiro: Stefan Ruzowitzky (baseado no livro de Adolf Burger); fotografia: Benedict Neuenfels; montagem: Britta Nahler; música: Marius Ruhland; produção: Josef Aichholzer, Nina Bohlmann, Babette Schröder; com: Karl Markovics, August Diehl, Devid Striesow, Martin Brambach, August Zirner, Veit Stübner, Sebastian Urzendowsky, Andreas Schmidt, Tilo Prückner, Lenn Kudrjawizki, Norman Stoffregen; estúdio: Magnolia Filmproduktion, Babelsberg Film, Beta Cinema; distribuição: Europa Filmes. 98 min
9 comentários:
Está aí um filme que me fez dormir. Muito, mas muito chato. Katyn eu nem gostei muito, mas achei bem superior a esse aqui. Talvez o seja pelo tema ou por enfiar o dedo na ferida dos outros.
Sério, Renato, acho que Os Falsários foi o filme mais insignificante que eu vi nos ultimos meses. Nem pra eu odiá-lo serviu hehe
Pô, Renato. Eu concordo com o Angelo. Ô filminho chato esse. Eu deveria ter dormido também! hehe
Não vi Katyn nem os outros indicados, mas não duvido que sejam todos melhores que esse aqui.
Será que estou sozinho nesta? hehehe
[]s!
Off topic, desculpe, mas merece parabólica não:
http://www.youtube.com/watch?v=Q6IEfEazziQ
vcs só podem estar de brincadeira! o filme é ótimo!! é a realidade... é isso que aconteceu, foi isso que os Judeus sofreram, não tem como fechar os olhos perante isso. É sempre chocante os detalhes da guerra, e Os falsários retratam bem o lado psicológico que essas pessoas passaram.
O filme tem uma narrativa, que nos faz acompanhar do começo ao fim o inferno astral - o fator psicológico que os Judeus passam... a Catarse acontece, a fotografia é perfeita - obvia também... O filme é bom, sim senhor... Agora, se estão fazendo uma análise comparativa... aí, realmente fica muito difícil...
André Luiz = TATUÍ
Olá,
acabei de pegar esse filme para assistir. Antes dei uma olhada na Internet para ver o que as pessoas estão falando. Fiquei meio confuso com as críticas que aqui estão... bem, vou assistir e depois também dou o meu veredito! Espero não ter me enganado, o cara da locadora disse que é de chorar e pela premiação do Oscar eu juguei digno de minha atenção, hehehehe.
Até mais.
vcs são um bando de burros e não ntendem nada de cinema... o filme é otimo ...
Acabei de ver o filme e para quem tem o minimo de curiosidade sobre a sueginda guerra mundia vai gostar , pois trata-se da narrativa de uma operação não muito comentada no pós guerra. O filme é bom , vale a pena ver...
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