Fazer filmes específicos para o público infanto-juvenil normalmente significa entrar em um terreno arriscado. Bilheterias modestas (ou abaixo do esperado) de títulos como “A Bússola de Ouro”, “O Agente Teen” (1 e 2), “Alvin e os Esquilos” e até mesmo “As Crônicas de Nárnia – Príncipe Caspian” são exemplos disto. Quando esse tipo de filme se prende a uma faixa etária muito limitada e não é capaz de agradar seu público alvo tudo vai por água abaixo. É o que acontece com “Cidade das Sombras” – que no Brasil teve lançamento direto em DVD.
Com direção de Gil Kenan ("A Casa Monstro") e roteiro de Caroline Thompson ("Edward Mãos de Tesoura") adaptado do livro de Jeanne Duprau, o filme conta a história de um povo que habita uma cidade subterrânea chamada Ember, onde a eletricidade é a única fonte de luz. Passados 200 anos as luzes da cidade começam a falhar e cabe a dois adolescentes desvendar os mistérios que envolvem Ember e salvar seus conterrâneos da escuridão total.
As personagens construídas por Thompson e Duprau esbarram na caricatura, sem com isso manter um tom de humor agradável. Há um líder ditador e bobalhão, os cidadãos alienados, um gênio reprimido e desiludido pelo sistema político vigente, a avó doida e, claro, os prodígios heróis adolescentes. O filme é arrastado durante seus 30 minutos iniciais, e de repente todos os mistérios começam a ser resolvidos mais rápido do que o necessário e com relativa facilidade, o que quebra o clima da maior parte das cenas de ação.
Se o filme não é capaz de prender o espectador através da emoção e da aventura, os mais atentos também podem notar que diversos erros de continuidade estão espalhados pelo longa e que os efeitos especiais deixam a desejar.
Quanto às atuações, o casal de protagonistas (Harry Treadaway e Lara McIvor) tem participação apagada. O destaque fica para o prefeito representado Bill Murray, mas suas aparições não são suficientes para salvar “Cidades das Sombras” da monotonia que o contagia.
Com direção de Gil Kenan ("A Casa Monstro") e roteiro de Caroline Thompson ("Edward Mãos de Tesoura") adaptado do livro de Jeanne Duprau, o filme conta a história de um povo que habita uma cidade subterrânea chamada Ember, onde a eletricidade é a única fonte de luz. Passados 200 anos as luzes da cidade começam a falhar e cabe a dois adolescentes desvendar os mistérios que envolvem Ember e salvar seus conterrâneos da escuridão total.
As personagens construídas por Thompson e Duprau esbarram na caricatura, sem com isso manter um tom de humor agradável. Há um líder ditador e bobalhão, os cidadãos alienados, um gênio reprimido e desiludido pelo sistema político vigente, a avó doida e, claro, os prodígios heróis adolescentes. O filme é arrastado durante seus 30 minutos iniciais, e de repente todos os mistérios começam a ser resolvidos mais rápido do que o necessário e com relativa facilidade, o que quebra o clima da maior parte das cenas de ação.
Se o filme não é capaz de prender o espectador através da emoção e da aventura, os mais atentos também podem notar que diversos erros de continuidade estão espalhados pelo longa e que os efeitos especiais deixam a desejar.
Quanto às atuações, o casal de protagonistas (Harry Treadaway e Lara McIvor) tem participação apagada. O destaque fica para o prefeito representado Bill Murray, mas suas aparições não são suficientes para salvar “Cidades das Sombras” da monotonia que o contagia.
nota: 4/10 –- não se culpe por não ver
Cidade das Sombras (City of Ember, EUA, 2008)
direção: Gil Kenan; roteiro: Caroline Thompson (baseado no livro de Jeanne Duprau); fotografia: Xavier Pérez Grobet; montagem: Adam P. Scott, Zach Staenberg; música: Andrew Lockington; produção: Gary Goetzman, Tom Hanks; com: Harry Treadaway, Lara McIvor, Bill Murray, Tim Robbins, Toby Jones, Saoirse Ronan, Martin Landau, Mackenzie Crook; estúdio: Playtone, Walden Media; distribuição: Paris Filmes. 95 min
direção: Gil Kenan; roteiro: Caroline Thompson (baseado no livro de Jeanne Duprau); fotografia: Xavier Pérez Grobet; montagem: Adam P. Scott, Zach Staenberg; música: Andrew Lockington; produção: Gary Goetzman, Tom Hanks; com: Harry Treadaway, Lara McIvor, Bill Murray, Tim Robbins, Toby Jones, Saoirse Ronan, Martin Landau, Mackenzie Crook; estúdio: Playtone, Walden Media; distribuição: Paris Filmes. 95 min
8 comentários:
Cidade das Sombras ??!? ma-ma-mas existe outro filme com mesmo nome aqui no Brasil ! , como é possivél a distribuidora ter colocado justamente esse titulo ?
aliás o Martin Landau fez algum filme bom depois de Ed Wood ?
Sim, são dois filmes diferentes com o mesmo título em português.
Realmente os outros leitores tem razão, inclusive cidade das sombras o anterior que tem Nicole Kidman,que faz um persongem sem carisma,uma garota que treina artes marciais e que não recomendo para ninguem,pois além de tosco,é o cumulo da ingenuidade,se bem qu este filme,já rolou faz um tempinho.
mais como cinéfilo crônico,tenho ele,apenas por ser fâ ardoroso da Nicole.
no mais,rebundância.
este ai é oagar pra crer,se não for mais um clichezão barato,pelo menos tem o Tom Hanks,que continua na moda.
Dinelzirio Junior( Jayesh)
blogger pessoal:
http://jayeshjunior.blogspot.com/
Cara Mariana Deslandes: discordo de você. O filme é bem dirigido. Tem roteiro enxuto e claro.A direção fica entre boa e ótima. Certamente, é superior às bobagens videogamescas feitas por George Lucas,glorificadas mundialmente.Mais: tem ancestral famoso, vigoroso representante do expressionismo alemão, que é Metropolis, do mestre Fritz Lang (1890-1976). O subtexto de um e de outro são primos carnais
Cara Mariana Deslandes: discordo de você. O filme é bem dirigido. Tem roteiro enxuto e claro.A direção fica entre boa e ótima. Certamente, é superior às bobagens videogamescas feitas por George Lucas,glorificadas mundialmente.Mais: tem ancestral famoso, vigoroso representante do expressionismo alemão, que é Metropolis, do mestre Fritz Lang (1890-1976). O subtexto de um e de outro são primos carnais
Nicole Kidman nunca fez um filme que foi chamado de Cidade das Sombras no Brasil, muito menos Tom Hanks participou de algum filme de mesmo nome. O Cidade das Sombras que existe é um filme abaixo da média com Willian Hurt e Kiefer Sutherland.Vamos se informar antes de postar comentarios supostamente inteligente sobre cinema.
Bom, os livros sao excelentes, tanto os da trilogia FRONTEIRAS DO UNIVERSO, do qual A BUSSOLA DE OURO é o 1º, de Phillip Pullman, tanto quanto EMBER CITY (CIDADE DAS SOMBRAS). E na minha modestissima opiniao, os filmes sao bons, pra quem gosta de ficçao com fantasia é algo saboroso e cativante. Quem gosta de açao sem sentido, romances bobos ou comedias romanticas sem sal, obviamente nao gostou e nao gostará de generos assim.
Eu gostei.
Mas, pra quem leu os livros antes de assistir os filmes, fica a sensaçao de que poderia render mais.
O unico até hoje que posso comparar a magnitude e satisfaçao de se ler um livro, é a trilogia LORD OF THE RINGS.
Fico imaginando como será se alguem resolver fazer de MUSASHI algo bem feito para o cinema...
E se AS CROCINAS DE NARNIA fosse feito com carinho, esmero e dedicaçao, sem modificar a historia como fizeram principalmente no segundo filme, que ficou horroroso perto do livro. Livros aliás, fantasticos, os 7.
E o original CIDADE DAS SOMBRAS, dirigido por ALEX PROYAS, de 1998, é um filme interessantissimo, principalmente como a realidade é modificada de forma brusca e sem tempo para retificaçoes.
Filme ruim é STAR WARS, filmes do ADAM SANDLER, ou do JASON STATHAM...
Prefiro coisas criadas com mais paixao.
Gosto de ficçao, fantasia e suspenses.
E gostei dos livros que precederam estes filmes, e destes filmes.
Espero ansiosamente a continuaçao de FRONTEIRAS DO UNIVERSO, espero que na a esqueçam.
E espero que nao continuem estragando AS CRONICAS DE NARNIA.
Esta é minha opiniao.
Obrigado pela atençao.
Nao tenho conta google, se alguem se sentiu ofendido ou lesado, ou concorda e quer contactar, aqui está meu email.
timewillcome@hotmail.com
Abraço a todos.
Aliás, eu recomendo para quem sempre assiste filmes sem alma como os que citei acima.
(Adam Sandler, Schwarzenegger, Jason Statham, Star Wars, etc...)
Que leiam os livros de JOSÉ SARAMAGO.
Leiam e depois assistam o filme ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA.
Nao se pode classifica-lo como suspense, drama, ou ficçao; A menos que alguem tenha interesse de lucrar sobre a obra.
Sao coisas feitas do mais profundo que se pode enxergar sobre onde a alma humana pode afundar sem querer ser resgatada, afogando a si proprio e aos outros da sociedade.
Deixem por alguns instantes de serem midializados, e conheçam a vida sob outro ponto de vista, visoes elaboradas, concretas e fundamentadas.
Assistam tambem os filmes do Stanley Kubrik, sao maravilhosos.
E deixem de classificar os filmes como as ondas que batem nas pedras e voltam, ou seja, nao se deixem levar pelas opinioes da massa, ela enxerga como quem domina os licros quer, enxerga com os bolsos e carteiras. Analisem as entrelinhas, alguns contextos, leiam livros e artigos, vejam os filmes e debatam antes de finalizar a opiniao, e mesmo depois de finalizada e fundamentada, lembrem-se que ela ainda pode ser modificada.
É só uma dica.
Obrigado novamente.
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