Três Vezes Amor

por
  • MARIANA DESLANDES em
  • 20 abril 2009



  • Se eu tivesse que resumir “Três Vezes Amor” em uma única palavra diria que se trata de um filme “fofo”. Dirigido por Adam Brooks (roteirista de “Bridget Jones – No Limite da Razão”), o longa conta com um bom roteiro de autoria do mesmo Brooks e um elenco que se adapta muito bem à trama – com nomes como a oscarizada Rachel Weisz, a garota prodígio Abigail Breslin e Ryan Reynolds como protagonista. Seguindo o gênero da comédia romântica, “Três Vezes Amor” é o tipo de filme que pode ser visto em família e agradar a pais e filhos.

    A trama gira em torno de Will Hayes (Reynolds), homem que durante seu processo de divórcio resolve contar para sua filha (Abigail) a história de seus relacionamentos afetivos. Durante a narrativa ele se envolve com três mulheres, mas não revela a filha seus nomes verdadeiros nem qual delas é a mãe da menina. Ao longo da história, filha e pai se envolvem, passam a compartilhar um segredo e a ver algumas questões com outros olhos. Ela conhece o passado de seu progenitor e começa a aceitar melhor o divórcio dos pais à medida que vai compreendendo as emoções dele. Ele, por outro lado, revê sua vida e desperta alguns sentimentos adormecidos.

    No início, uma fala do protagonista nos leva a crer que não somente o filme, mas também a vida da personagem terá uma trilha sonora. Mas isso não acontece. Apenas em dois momentos a música está presente na vida de Will. Um deles é quando seu relacionamento com Summer (Weisz) é mostrado em flashes enquanto ela canta para ele. O outro se passa na cena mais inverossímil do longa, quando Will diz não fazer ideia de quem é Kurt Cobain ou a banda Nirvana. Um jovem americano, recém-formado, no início da década de 90 que não conhece o maior sucesso de uma das maiores bandas de rock da história? Mais impossível que isso só a personagem de Alice Braga em “Eu Sou a Lenda” que não sabia quem era Bob Marley.

    Mesmo assim, as falhas são pequenas e não comprometem o contexto. “Três Vezes Amor” é um filme correto. Consegue engatar algumas surpresas, tem piadas que funcionam bem e, principalmente, um roteiro que não abusa dos clichês e da pieguice, nem menospreza a inteligência dos espectadores.

    nota: 7/10 –- vale a locação

    Três Vezes Amor (Definitely, Maybe, 2008, Reino Unido/EUA/França)
    direção: Adam Brooks; roteiro: Adam Brooks; fotografia: Florian Ballhaus; montagem: Peter Teschner; música: Clint Mansell; produção: Tim Bevan, Eric Fellner; com: Ryan Reynolds, Elizabeth Banks, Derek Luke, Isla Fisher, Kevin Kline, Rachel Weisz; estúdio: Universal Pictures, Ringerike Erste Filmproduktion, Studio Canal, Working Title Films; distribuição: Universal Pictures. 112 min

    1 comentários:

    Thiago Lucio disse...

    Estou aqui a pensar com os meus botões... pq eu não me incomodei com o fato do cara não saber quem era o Kurt Cobain e o Nirvana??? Taí ... essa deve entrar na minha lista de incoerência internas...

    De qualquer forma o filme é bem bacana mesmo, diria até que acima da média... o Ryan Reynolds surpreende positivamente e a Isla Fisher está adorável ... 7,5/10

     
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