Depois da chegada do último livro da saga "Harry Potter" às livrarias brasileiras, não era de se estranhar que outra série literária surgisse para ocupar a lacuna deixada pelo bruxo na preferência de crianças e adolescentes. Essa série certamente é "Crepúsculo". Divididas em quatro livros, as aventuras do vampiro Edward e de sua namorada Bella chegaram a causar um certo temor nos produtores de "Harry Potter e o Enigma do Príncipe", que adiaram a estréia mundial do filme, de novembro de 2008 para a próxima temporada do verão americano. Nada que dê fundamento às recentes comparações entre os dois filmes. "Crepúsculo" é, antes de tudo, uma história de amor, talvez o “melodrama” mais interessante de 2008.
Outro erro tão grande quanto à comparação com "Harry Potter" é tachar "Crepúsculo" como um filme de vampiros. Se pensarmos no mais famoso personagem dessa espécie (o Conde Drácula) ou nos filmes de terror e suspense com dentuços monstruosos que moldam o estereótipo de um vampiro, nos afastaremos do estilo escolhido pela autora dos livros, Stephenie Meyer, e pela diretora, Catherine Hardwicke ("Aos Treze").
Alguns podem achar o filme um tanto quanto meloso, mas, acreditem, a roteirista Melissa Rosenberg maneirou nas juras de amor que, no livro, se assemelham ao estilo Shakespeare (principalmente "Romeu e Julieta"). Mas, nesse caso, o grande empecilho para que o casal tenha seu “felizes para sempre” é algo já visto em outro clássico – "A Bela e a Fera" – já que ele é um vampiro e ela, uma humana.
O contraste entre a paixão e o desejo quase incontrolável de Edward de beber o sangue de sua amada põe um pouco de pimenta na trama e, ao mesmo tempo, fortalece esse estilo quase épico que é acompanhado por uma bela trilha sonora que reforça ainda mais esse traço.
O elenco é outro forte do longa. Robert Pattinson – que já arrancou alguns suspiros em "Harry Potter e o Cálice de Fogo" – e Kristen Stewart – recentemente vista em "Jumper" – apesar de não estarem entre os melhores atores de Hollywood, também não deixam a desejar e preenchem a tela com muita beleza e carisma. Em uma sessão cheia de adolescentes, é impossível não ouvir manifestações de aprovação enquanto os protagonistas namoram.
Para aquelas mulheres que costumam dizer a famosa frase, “já não existem homens como antigamente”, Edward Cullen chega a dar um fio de esperança, mas não se esqueçam: ele não é exatamente humano. Essa “natureza” diferente de Edward e sua família dá espaço para excessos nas cenas de ação e nos efeitos especiais. Espaço esse que é pouco aproveitado, mas isso pode ser uma opção para deixar o filme mais “suave”, e não uma falha. Quem espera sustos e muita ação certamente ficará decepcionado. O melhor é não criar muitas expectativas e se deixar surpreender.
Outro erro tão grande quanto à comparação com "Harry Potter" é tachar "Crepúsculo" como um filme de vampiros. Se pensarmos no mais famoso personagem dessa espécie (o Conde Drácula) ou nos filmes de terror e suspense com dentuços monstruosos que moldam o estereótipo de um vampiro, nos afastaremos do estilo escolhido pela autora dos livros, Stephenie Meyer, e pela diretora, Catherine Hardwicke ("Aos Treze").
Alguns podem achar o filme um tanto quanto meloso, mas, acreditem, a roteirista Melissa Rosenberg maneirou nas juras de amor que, no livro, se assemelham ao estilo Shakespeare (principalmente "Romeu e Julieta"). Mas, nesse caso, o grande empecilho para que o casal tenha seu “felizes para sempre” é algo já visto em outro clássico – "A Bela e a Fera" – já que ele é um vampiro e ela, uma humana.
O contraste entre a paixão e o desejo quase incontrolável de Edward de beber o sangue de sua amada põe um pouco de pimenta na trama e, ao mesmo tempo, fortalece esse estilo quase épico que é acompanhado por uma bela trilha sonora que reforça ainda mais esse traço.
O elenco é outro forte do longa. Robert Pattinson – que já arrancou alguns suspiros em "Harry Potter e o Cálice de Fogo" – e Kristen Stewart – recentemente vista em "Jumper" – apesar de não estarem entre os melhores atores de Hollywood, também não deixam a desejar e preenchem a tela com muita beleza e carisma. Em uma sessão cheia de adolescentes, é impossível não ouvir manifestações de aprovação enquanto os protagonistas namoram.
Para aquelas mulheres que costumam dizer a famosa frase, “já não existem homens como antigamente”, Edward Cullen chega a dar um fio de esperança, mas não se esqueçam: ele não é exatamente humano. Essa “natureza” diferente de Edward e sua família dá espaço para excessos nas cenas de ação e nos efeitos especiais. Espaço esse que é pouco aproveitado, mas isso pode ser uma opção para deixar o filme mais “suave”, e não uma falha. Quem espera sustos e muita ação certamente ficará decepcionado. O melhor é não criar muitas expectativas e se deixar surpreender.
nota: 8/10 -- vale o ingresso
Crepúsculo (Twilight, 2008, EUA)
direção: Catherine Hardwicke; com: Kristen Stewart, Robert Pattinson, Billy Burke, Ashley Greene, Nikki Reed, Jackson Rathbone, Kellan Lutz, Peter Facinelli, Cam Gigandet, Taylor Lautner, Anna Kendrick, Michael Welch; roteiro: Melissa Rosenberg (baseado no livro de Stephenie Meyer); produção: Wyck Godfrey, Greg Mooradian, Mark Morgan, Karen Rosenfelt; fotografia: Elliot Davis; montagem: Nancy Richardson; música: Carter Burwell; estúdio: Goldcrest Pictures, Maverick Films, Summit Entertainment; distribuição: Paris Filmes.
direção: Catherine Hardwicke; com: Kristen Stewart, Robert Pattinson, Billy Burke, Ashley Greene, Nikki Reed, Jackson Rathbone, Kellan Lutz, Peter Facinelli, Cam Gigandet, Taylor Lautner, Anna Kendrick, Michael Welch; roteiro: Melissa Rosenberg (baseado no livro de Stephenie Meyer); produção: Wyck Godfrey, Greg Mooradian, Mark Morgan, Karen Rosenfelt; fotografia: Elliot Davis; montagem: Nancy Richardson; música: Carter Burwell; estúdio: Goldcrest Pictures, Maverick Films, Summit Entertainment; distribuição: Paris Filmes.
13 comentários:
Acho que o Harry Potter foi adiado devido a questões financeiras da Warner, não? Eles tiveram o batman este ano, que fez mais que o suficiente para o balanço da empresa, por isso optaram por deixar o Enigma do Príncipe para o ano seguinte... Fora que estrearia pertinho do Quantum of Solace, também da Warner, e um acabaria atrapalhando o outro..
No fim das contas tanto faz, rsrsrs..
Eu acredito que o fenômeno "Twilight" tenha sua parte na mudança de datas também. A explicação oficial é que a Warner não tinha nenhum grande lançamento para o verão de 2009. Ah, e o "007" é da Sony hehehe.
[]s!
Agora fiquei curiosa pra ler o livro. Estava meio receosa, admito, pq Twilight eh literatura juvenil e as pessoas que conheco que gostaram do filme sao da geracao Buffy (qdo eu prefiro muito mais o estilo Anne Rice de vampiros). Mas nao to muito empolgada com o lance do melodrama. vamos ver...
Aff Mariana, começo a achar que estou fadado a odiar os filmes de que você gosta!
Crepúsculo está definitivamente entre as piores bombas que vi nos cinemas durante o ano de 2008!
Um romance tosco, uma ação inerte... negação total!
Pelo menos tu num colocaste: Compre o DVD!
^^
e Renato, cadê os Sammies???????
hehehe
Flávio, isso é normal. Ser do contra é meu dom!
8/10 ?
Você tá de piada né?
Sammies chegando.
Sobre "Crepúsculo", até que gostei do filme. Dentro do que se propõe, e em vista do que o livro é, é um romance juvenil decente e bem realizado. Gosto muito da diretora, Catherine Hardwicke, escolha mais do que adequada para o material tendo em vista sua filmografia, sempre voltada para personagens e público jovens.
Agora, a explicação para todo o fervor do público feminino em torno do filme é óbvia para mim. A tensão sexual entre o vampiro e a menina é mantida o tempo inteiro, ou seja, fica sempre aquela expectativa: ou vai ou racha? E a Hardwicke soube manipular isso direitinho. O desejo dos personagens e da platéia que se identifica com eles nunca é plenamente realizado. Pelo contrário, é sempre estendido.
[]s,
Renato.
Ah tudo é chato nesse filme,
a história chega a ser envolvente, mas saí com um "gosto" no fim da seção de: "foi só isso?".
O fato de ter um orçamento de US$ 37 milhões, prejudicou muito, não que isso determina se um filme é bom ou não, mas como eles pretendiam passar a idéia de "super-poderes", era de se esperar efeitos visuais e atuações melhores.
Outro fato de ter odiado o filme é a gritaria das solteironas de plantão, era só aparecer o vampiro-galã que logo vinha os gritos histéricos.
Antes tivesse visto esse filme em casa, me arrependi muito de ter ido na estréia, criei expectativas a toa.... mas já aprendi a lição!
As pessoas estão dando muita importância para a nota que você deu para esse filme! Mesmo não concordando com ela acho que a visão que você sobre Crepúsculo foi super legal! Não sei se o que a maioria das pessoas é sensibilidade, mas vejo que não compreenderam o que você tentou passar. Ou fui que acho que entendi, mas não entendi nada? :[
O que eu venho notando é que os filmes de Hollywood estão cada vez menos criativos. Faltam idéias e nós constantemente encontramos um semelhante para um filme quando estamos assistindo! Entretanto, o que mais me intriga é que cada vez mais acredito que é isso que as pessoas querem ver! Para tantas regravações? Olhem aí no alto outro O Dia Em Que a Terra Parou!
Mariana, infelizmente as pessoas não querem um romance com vampiros. Elas querem efeitos especiais pra todo lado e seres monstruOoOosos e horripilantes. Só faltou você dizer “O melhor é não criar muitas expectativas e se deixar surpreender e ABRIR SUAS MENTES” HAHAHAHA
Bom texto!
;)
Gostei do filme, lerei o lvro logo! Acho bom que séries literárias possam ocupar a cabeça dos adolescentes de hoje. É melhor alguma literarura, do que nenhuma. E filmes assim, com certeza, despertam o interesse pelos respectivos livros. Tenho vários alunos com estes exemplares nas mãos e acho isso muito bom!
Não sei como um filme desses merece nota 8. Um filme em que vampiros não chupam sangue, vampiros anda em de dia, etc... Além disso o ator principal deixa muito a desejar (Só é um rosto bonito).A historia nao tem nada demais.
Sinceramente o filme só faz sucesso entre adolescente de 12 a 14 anos
Essa saga tem a profundidade de uma poça de água no asfalto, após uma chuva de verao.
Horrivel.
Qualquer outra palavra será considerada elogio.
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