Até onde será que a guerra contra o terrorismo vai influenciar o cinema de entretenimento? Ao invés de os estúdios conseguirem uma janela maior para exibir os inúmeros documentários que são feitos todos os anos sobre o tema, preferem investir em bobagens que utilizam o “assunto da moda” para passar a idéia de que são filmes atuais, como se fazer uma ligação com o que se fala nos noticiários significasse ter alguma relevância.
Em “Max Payne”, a adaptação segue fiel o jogo homônimo de computador até certo ponto. Existe a droga Valkyr, existe um programa de treinamento de soldados. Agora, terrorismo e... demônios? O diretor John Moore, pau mandado dos estúdios Fox (são dele também as péssimas refilmagens de “A Profecia” e “O Vôo da Fênix”, além de “Atrás das Linhas Inimigas”), teve a “brilhante” idéia de incorporar um elemento sobrenatural ao filme. Os “anjos da morte” que surgem em abundância mais parecem ter sido emprestados de “Constantine”. No jogo, eles não existem: são apenas uma alusão ao efeito da droga (que tem relação com a mitologia nórdica). Assim, a principal característica do material original se perde: ao invés de ser um policial pé no chão, com influências diretas do cinema noir, o filme se torna um amontoado de cenas estilizadas em excesso.
Assim como em “A Profecia”, onde usava uma plasticidade muito incômoda, aqui Moore tenta emular o visual do game a todo momento. A neve está presente nas ruas, os cenários são escuros, há até mesmo um momento em que ele usa o alto contraste numa cena de pancadaria, intensificando o vermelho a cada soco recebido pelo protagonista. Isso sem falar no bullet-time. Se no jogo, lançado em 2001, esse efeito ainda empolgava devido ao sucesso de “Matrix”, hoje não consegue causar qualquer surpresa. Mas Moore parece deslumbrado e usa a câmera lenta apenas para fazer o que ele espera que seja a cena mais “cool” de todo o filme.
Aqueles que consideram Mark Wahlberg “o canastrão” tem em “Max Payne” um prato cheio para falar mal do ator – e com razão desta vez. Sua caracterização é desprovida da personalidade que ele soube empregar tão bem, por exemplo, em “Os Infiltrados”. Prova de que ele necessita de um bom diretor para guiá-lo além da cara amarrada de policial bronco e amargurado. Mas num elenco que conta com Mila Kunis (que vai se aposentar tentando ser algo mais do que a Jackie da série “That ‘70s Show”), Chris O’Donnell (por que ele não continua na TV?), o rapper Ludacris e Nelly Furtado (sim, a cantora), Wahlberg ainda nada de braçada.
Em “Max Payne”, a adaptação segue fiel o jogo homônimo de computador até certo ponto. Existe a droga Valkyr, existe um programa de treinamento de soldados. Agora, terrorismo e... demônios? O diretor John Moore, pau mandado dos estúdios Fox (são dele também as péssimas refilmagens de “A Profecia” e “O Vôo da Fênix”, além de “Atrás das Linhas Inimigas”), teve a “brilhante” idéia de incorporar um elemento sobrenatural ao filme. Os “anjos da morte” que surgem em abundância mais parecem ter sido emprestados de “Constantine”. No jogo, eles não existem: são apenas uma alusão ao efeito da droga (que tem relação com a mitologia nórdica). Assim, a principal característica do material original se perde: ao invés de ser um policial pé no chão, com influências diretas do cinema noir, o filme se torna um amontoado de cenas estilizadas em excesso.
Assim como em “A Profecia”, onde usava uma plasticidade muito incômoda, aqui Moore tenta emular o visual do game a todo momento. A neve está presente nas ruas, os cenários são escuros, há até mesmo um momento em que ele usa o alto contraste numa cena de pancadaria, intensificando o vermelho a cada soco recebido pelo protagonista. Isso sem falar no bullet-time. Se no jogo, lançado em 2001, esse efeito ainda empolgava devido ao sucesso de “Matrix”, hoje não consegue causar qualquer surpresa. Mas Moore parece deslumbrado e usa a câmera lenta apenas para fazer o que ele espera que seja a cena mais “cool” de todo o filme.
Aqueles que consideram Mark Wahlberg “o canastrão” tem em “Max Payne” um prato cheio para falar mal do ator – e com razão desta vez. Sua caracterização é desprovida da personalidade que ele soube empregar tão bem, por exemplo, em “Os Infiltrados”. Prova de que ele necessita de um bom diretor para guiá-lo além da cara amarrada de policial bronco e amargurado. Mas num elenco que conta com Mila Kunis (que vai se aposentar tentando ser algo mais do que a Jackie da série “That ‘70s Show”), Chris O’Donnell (por que ele não continua na TV?), o rapper Ludacris e Nelly Furtado (sim, a cantora), Wahlberg ainda nada de braçada.
nota: 2/10 -- pura perda de tempo
Max Payne (2008, EUA/Canadá)
direção: John Moore; com: Mark Wahlberg, Mila Kunis, Beau Bridges, Ludacris, Chris O'Donnell, Donal Logue, Amaury Nolasco, Kate Burton, Olga Kurylenko, Nelly Furtado; roteiro: Beau Thorne (baseado no videogame criado por Sam Lake); produção: Scott Faye, John Moore, Julie Yorn; fotografia: Jonathan Sela; montagem: Dan Zimmerman; música: Marco Beltrami, Buck Sanders; estúdio: Abandon Entertainment, Collision Entertainment, Depth Entertainment, Dune Entertainment, Firm Films, Foxtor Productions; distribuição: 20th Century Fox. 100 min
direção: John Moore; com: Mark Wahlberg, Mila Kunis, Beau Bridges, Ludacris, Chris O'Donnell, Donal Logue, Amaury Nolasco, Kate Burton, Olga Kurylenko, Nelly Furtado; roteiro: Beau Thorne (baseado no videogame criado por Sam Lake); produção: Scott Faye, John Moore, Julie Yorn; fotografia: Jonathan Sela; montagem: Dan Zimmerman; música: Marco Beltrami, Buck Sanders; estúdio: Abandon Entertainment, Collision Entertainment, Depth Entertainment, Dune Entertainment, Firm Films, Foxtor Productions; distribuição: 20th Century Fox. 100 min
1 comentários:
Putz, Renato, que pena que o filme seja ruim.
Eu fechei o game, que é muito divertido, bom entretenimento. Alias joguei a versão brasileira, com dublagem e textos em português do Brasil. É muito legal jogar com os dialogos em nosso idioma. Pena que o dois só tem em ingles. Mas de qualquer forma verei assim mesmo.
Esse lence sobrenatural é broxante mesmo. Principalmente quando não havia no original e não se faz, absolutamente necessário. É igual as novelas da Globo, conta-se nos dedos de uma mão, auelas em que eles não incluam almas penadas e temas sobrenatural em sua trama. Ridículo.
xlucas
http://womni.blogspot.com/
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