Só de ter Robert De Niro e Al Pacino trabalhando juntos, “As Duas Faces da Lei” já ganha muitos pontos. Não é por acaso que os dois, não só são os protagonistas, como não deixam espaço para que ninguém mais do elenco chame a atenção. Juntos, eles ocupam a tela inteira. Não, eles não estão gordos! E nem poderiam, pois encarnam uma dupla de experientes detetives.
Logo no início, De Niro é apresentado ao espectador como um policial que, cansado de ver criminosos ficarem impunes, resolve exterminá-los. A polícia então passa a buscar entre um dos seus – pois desconfiam que o autor dos assassinatos seja um policial – o serial killer responsável pelas execuções. Com o decorrer do filme, somos levados a questionar a tão óbvia culpa do detetive.
Além do ótimo elenco, a sacada mais inteligente de “As Duas Faces da Lei” é que tudo acontece muito rápido, fazendo com que não sobre muito tempo para formular suposições. Quando nos assustamos, estamos diante da solução do mistério.
Para completar, temos o trabalho de um roteirista precavido. Russell Gerwitz (“Plano Perfeito”) criou um desfecho que, mesmo quem adivinhou a identidade do assassino, possivelmente não contou com o contexto inteligente e surpreendente com o qual nos deparamos nos minutos finais do longa. Além disso, a montagem não linear dá ainda mais qualidade e agilidade ao filme. O “vai e volta” acontece na medida certa, sem cansar ou confundir quem está assistindo.
A narrativa nos leva a crer que já sabemos como a história termina – afinal, é o personagem de De Niro quem narra os acontecimentos em uma “confissão” gravada que vai se revelando por partes. Só nos resta então saber como o experiente detetive se tornou um assassino e quais são os pecados de cada uma das vítimas, certo? Errado! Tudo é uma armadilha e quem gosta de um bom filme policial não pode fugir dela.
No mais, só uma dúvida não quer calar: será que Al Pacino puxou a voz rouca do papai Marlon Brando?
Logo no início, De Niro é apresentado ao espectador como um policial que, cansado de ver criminosos ficarem impunes, resolve exterminá-los. A polícia então passa a buscar entre um dos seus – pois desconfiam que o autor dos assassinatos seja um policial – o serial killer responsável pelas execuções. Com o decorrer do filme, somos levados a questionar a tão óbvia culpa do detetive.
Além do ótimo elenco, a sacada mais inteligente de “As Duas Faces da Lei” é que tudo acontece muito rápido, fazendo com que não sobre muito tempo para formular suposições. Quando nos assustamos, estamos diante da solução do mistério.
Para completar, temos o trabalho de um roteirista precavido. Russell Gerwitz (“Plano Perfeito”) criou um desfecho que, mesmo quem adivinhou a identidade do assassino, possivelmente não contou com o contexto inteligente e surpreendente com o qual nos deparamos nos minutos finais do longa. Além disso, a montagem não linear dá ainda mais qualidade e agilidade ao filme. O “vai e volta” acontece na medida certa, sem cansar ou confundir quem está assistindo.
A narrativa nos leva a crer que já sabemos como a história termina – afinal, é o personagem de De Niro quem narra os acontecimentos em uma “confissão” gravada que vai se revelando por partes. Só nos resta então saber como o experiente detetive se tornou um assassino e quais são os pecados de cada uma das vítimas, certo? Errado! Tudo é uma armadilha e quem gosta de um bom filme policial não pode fugir dela.
No mais, só uma dúvida não quer calar: será que Al Pacino puxou a voz rouca do papai Marlon Brando?
nota: 9/10 -- veja no cinema e compre o DVD
As Duas Faces da Lei (Righteous Kill, 2008, EUA)
direção: Jon Avnet; com: Robert De Niro, Al Pacino, 50 Cent, Carla Gugino, John Leguizamo, Donnie Wahlberg, Brian Dennehy; roteiro: Russell Gewirtz; produção: Jon Avnet, Rob Cowan, Boaz Davidson, Randall Emmett, George Furla, Lati Grobman, Avi Lerner, Alexandra Milchan, Daniel M. Rosenberg; fotografia: Denis Lenoir; montagem: Paul Hirsch; música: Ed Shearmur; estúdio: Millennium Films, Nu Image Films, Emmett/Furla Films, InVenture Entertainment, Grosvenor Park Media; distribuição: Califórnia Filmes. 101 min
direção: Jon Avnet; com: Robert De Niro, Al Pacino, 50 Cent, Carla Gugino, John Leguizamo, Donnie Wahlberg, Brian Dennehy; roteiro: Russell Gewirtz; produção: Jon Avnet, Rob Cowan, Boaz Davidson, Randall Emmett, George Furla, Lati Grobman, Avi Lerner, Alexandra Milchan, Daniel M. Rosenberg; fotografia: Denis Lenoir; montagem: Paul Hirsch; música: Ed Shearmur; estúdio: Millennium Films, Nu Image Films, Emmett/Furla Films, InVenture Entertainment, Grosvenor Park Media; distribuição: Califórnia Filmes. 101 min
4 comentários:
Nove? wow! É melhor que Heat? :D
É interessante como cinema e as artes em geral são mera questão de opinião pessoal, de idiossincrasia. Não é uma ciencia exata em que se estuda os dados e se chega a uma resposta comum a todos (2+2=4). Embora algumas pessoas teimem em racionalizar as artes, ela é no fundo emocional, subjetiva. Nota 10 para uns e zero para outras, independente de formação academica, cultural, etc. No fundo é uma questão pessoal, somente.
Vejam esse filme. Pablo Villaça simplesmente o destruiu. Voce Mariana aparentemente o adorou.
Enfim, é bom ler opiniões alheias, mas o que importa são nossos proprios interesses e predileções.
Alías uma vez disse a um amigo meu, que uma crítica (positiva ou negativa) nunca me faria deixar de ver um filme pelo qual tenha interesse (esse por exemplo veria mesmo que todos os criticos e amigos dessem zero a ele. Pois me interessou). Porém uma critica pode me despertar o interesse em ver um filme que não me interessava.
Putz, que biblia, hein...
Valeu Mariana (dessa vez conferi o autor) :>)
xlucas
http://womni.blogspot.com
Pedro, para quem leu a resenha e foi ao cinema achando que ia odiar...As Duas Faces da Lei é um ótimo filme.
xlucas, cinema é realmente uma questão de opinião. A técnica existe e é muito importante, dela ainda tenho muito o que aprender.
Respeito muito a opinião do Pablo e quem sou eu para discordar dele? Mas acho que é isso mesmo que você falou, assista aos filmes que te der vontade, independente da crítica e fique a vontade para discordar de mim. rsrs
=)
O que dize mais sobre esse filme?
Fantastico!
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