A estética documental hoje em dia é usada a serviço da ficção como uma opção comum quando: A) não se tem grana para filmar com equipamentos sofisticados; B) não se tem talento ou paciência para enquadrar um filme direito; ou C) não se tem idéia de como contar uma história sem que o espectador fique de saco cheio.
Em “FIX”, o diretor Tao Ruspoli (que, não por coincidência, veio do documentário) adota a câmera na mão e se coloca como personagem para narrar uma aventura, aparentemente semibiográfica, de um casal (a atriz Olivia Wilde é sua esposa) que tem viajar às pressas para levar o irmão dele até uma clínica de reabilitação. No trajeto, eles precisam juntar dinheiro para que o rapaz pague sua internação. Caso contrário, ele voltará para a prisão.
O diretor, como praticamente todo cineasta independente, realmente não tem grana. Talento para filmar é um quesito impossível de se parametrizar, já que este é seu primeiro longa ficcional e a câmera tremida é uma desculpa válida. Mas quanto à narrativa, não há escapatória quando o tédio se instaura.
O filme pretende ser uma comédia enquanto os personagens passam por vários lugares e encontram tipos estranhos. Mas são poucos os momentos em que os atores conseguem ser espontâneos, como deveriam ser dentro do estilo de filme proposto, e extrair humor daí. A não ser por Shawn Andrews (você se lembra dele como o Kevin de “Jovens, Loucos e Rebeldes”?), que interpreta o irmão viciado, o restante do elenco parece se esforçar muito para parecer natural diante da câmera (um exemplo constrangedor é o “boxeador” que vive em uma mansão).
Mas o que mais irrita em “FIX” é sua tentativa de fazer algum tipo de colocação séria sobre o vício e o tráfico de drogas, como se o filme tivesse que cumprir alguma função social. Não se questiona que são problemas sérios, e a relação dos dois irmãos até soa convincente no que diz respeito à preocupação que um demonstra pelo outro. A falha de Ruspoli talvez seja não acertar o tom entre comédia e drama. Pelas intenções demonstradas pelo diretor, é provável que “FIX” se tornasse um filme melhor se fosse um road movie/drug movie despretensioso, just for the sake of it.
Em “FIX”, o diretor Tao Ruspoli (que, não por coincidência, veio do documentário) adota a câmera na mão e se coloca como personagem para narrar uma aventura, aparentemente semibiográfica, de um casal (a atriz Olivia Wilde é sua esposa) que tem viajar às pressas para levar o irmão dele até uma clínica de reabilitação. No trajeto, eles precisam juntar dinheiro para que o rapaz pague sua internação. Caso contrário, ele voltará para a prisão.
O diretor, como praticamente todo cineasta independente, realmente não tem grana. Talento para filmar é um quesito impossível de se parametrizar, já que este é seu primeiro longa ficcional e a câmera tremida é uma desculpa válida. Mas quanto à narrativa, não há escapatória quando o tédio se instaura.
O filme pretende ser uma comédia enquanto os personagens passam por vários lugares e encontram tipos estranhos. Mas são poucos os momentos em que os atores conseguem ser espontâneos, como deveriam ser dentro do estilo de filme proposto, e extrair humor daí. A não ser por Shawn Andrews (você se lembra dele como o Kevin de “Jovens, Loucos e Rebeldes”?), que interpreta o irmão viciado, o restante do elenco parece se esforçar muito para parecer natural diante da câmera (um exemplo constrangedor é o “boxeador” que vive em uma mansão).
Mas o que mais irrita em “FIX” é sua tentativa de fazer algum tipo de colocação séria sobre o vício e o tráfico de drogas, como se o filme tivesse que cumprir alguma função social. Não se questiona que são problemas sérios, e a relação dos dois irmãos até soa convincente no que diz respeito à preocupação que um demonstra pelo outro. A falha de Ruspoli talvez seja não acertar o tom entre comédia e drama. Pelas intenções demonstradas pelo diretor, é provável que “FIX” se tornasse um filme melhor se fosse um road movie/drug movie despretensioso, just for the sake of it.
nota: 4/10 -- não se culpe por não ver
FIX (2008, EUA)
direção: Tao Ruspoli; com: Shawn Andrews, Olivia Wilde, Megalyn Echikunwoke, Tao Ruspoli, Dedee Pfeiffer; roteiro: Jeremy Fels; produção: Nat Dinga; fotografia: Christopher Gallo, Tao Ruspoli; montagem: Paul Forte; música: Isaac Sprintis; estúdio: LAFCO, Mangusta Productions. 95 min
direção: Tao Ruspoli; com: Shawn Andrews, Olivia Wilde, Megalyn Echikunwoke, Tao Ruspoli, Dedee Pfeiffer; roteiro: Jeremy Fels; produção: Nat Dinga; fotografia: Christopher Gallo, Tao Ruspoli; montagem: Paul Forte; música: Isaac Sprintis; estúdio: LAFCO, Mangusta Productions. 95 min
4 comentários:
Tava muito afim de assistir Fix, mas depois dessa... hehehe
Mas se ele virasse um road/drug despretensioso, não poderia cair na fácil comparação com Natural Born Killers, por exemplo mesmo com essa estética documental?
abraço!
Olá, Pedro. Acho que a comparação não caberia... Até porque "NBK" tem um foco mais firme na violência e na espetacularização da mesma pela mídia. Um drug/road despretensioso, e assumidamente escrachado, é o "Smiley Face", com a Anna Faris - que passou no INDIE ano passado, aliás.
[]s!
O cachorro atua bem tbm. Merece uma menção, ué. :p
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