Este é um daqueles documentários que começam com um pequeno caso e, ao final, expandiu o assunto de tal forma que o espectador pode ficar assustado. O tema é dos mais atuais, e batidos também: a tortura praticada por soldados do exército dos Estados Unidos em prisões no Iraque, Afeganistão e Guantánamo.
O diretor Alex Gibney (Enron: Os Mais Espertos da Sala), que ganhou por este filme o Oscar de Melhor Documentário em 2008, inicia sua investigação denunciativa por um motorista de táxi afegão que, mesmo inocente, foi preso e morto pelo exército de George W. Bush na Base Aérea de Bagram.
A partir daí, Gibney penetra nos meandros da chamada “guerra contra o terror”. O material que o documentarista tem em mãos são as habituais entrevistas com “cabeças falantes”, fotos (muitas fotos) tiradas nas prisões e também vídeos, que comprovam os absurdos praticados pelos soldados contra prisioneiros, como se estivessem brincando de Rambo – só que interpretando os papéis dos vietnamitas malvados.
A estrutura é um pouco engessada (além da divisão por capítulos, as imagens falam por si mesmas e tornam desnecessárias tantas explicações sobre elas). Porém, o conteúdo é explosivo. Os depoimentos e imagens presentes aqui são suficientes para condenar a Casa Branca e líderes do exército por crimes de guerra.
O título de Táxi Para a Escuridão, aliás, é uma ótima analogia para o que aconteceu com a administração Bush desde o 11 de Setembro: o presidente-herói da nação foi para o “lado negro” e se tornou o vilão. O grande mérito de Gibney é mostrar essa inversão sem pisar em ovos, e sem deixar sua voz soar mais alto do que a dos fatos que ele apresenta.
O diretor Alex Gibney (Enron: Os Mais Espertos da Sala), que ganhou por este filme o Oscar de Melhor Documentário em 2008, inicia sua investigação denunciativa por um motorista de táxi afegão que, mesmo inocente, foi preso e morto pelo exército de George W. Bush na Base Aérea de Bagram.
A partir daí, Gibney penetra nos meandros da chamada “guerra contra o terror”. O material que o documentarista tem em mãos são as habituais entrevistas com “cabeças falantes”, fotos (muitas fotos) tiradas nas prisões e também vídeos, que comprovam os absurdos praticados pelos soldados contra prisioneiros, como se estivessem brincando de Rambo – só que interpretando os papéis dos vietnamitas malvados.
A estrutura é um pouco engessada (além da divisão por capítulos, as imagens falam por si mesmas e tornam desnecessárias tantas explicações sobre elas). Porém, o conteúdo é explosivo. Os depoimentos e imagens presentes aqui são suficientes para condenar a Casa Branca e líderes do exército por crimes de guerra.
O título de Táxi Para a Escuridão, aliás, é uma ótima analogia para o que aconteceu com a administração Bush desde o 11 de Setembro: o presidente-herói da nação foi para o “lado negro” e se tornou o vilão. O grande mérito de Gibney é mostrar essa inversão sem pisar em ovos, e sem deixar sua voz soar mais alto do que a dos fatos que ele apresenta.
nota: 8/10 -- vale o ingresso
Táxi Para a Escuridão (Taxi to the Dark Side, 2007, EUA)
direção: Alex Gibney; roteiro: Alex Gibney; produção: Alex Gibney, Eva Orner, Susannah Shipman; fotografia: Maryse Alberti, Greg Andracke; montagem: Sloane Klevin; música: Ivor Guest; estúdio: Jigsaw Productions, Tall Woods. 106 min
direção: Alex Gibney; roteiro: Alex Gibney; produção: Alex Gibney, Eva Orner, Susannah Shipman; fotografia: Maryse Alberti, Greg Andracke; montagem: Sloane Klevin; música: Ivor Guest; estúdio: Jigsaw Productions, Tall Woods. 106 min
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