Para uma comédia que se dá o direito de fazer piada com os recentes escândalos políticos de Brasília e chacotear do atual governo, é de se admirar que o filme sequer se preze a passar uma mensagem positiva ao público. Chega a ser quase niilista a forma como o longa – dirigido por Bruno Barreto e adaptado da peça homônima de Juca de Oliveira – retrata seus personagens. Não há salvação para a ética no país. É isso? Afinal, o único personagem que se mantém num nível moral digno é um idiota passivo e emocionalmente desequilibrado.
O tom farsesco rende alguns bons momentos, principalmente os protagonizados por Cássio Gabus Mendes (aliás, o único do elenco que parece ter entendido o tipo de atuação que o filme requeria). Contudo, a direção deselegante de Barreto, que abusa de zooms sem nenhum critério, não diferencia muito filme e peça, visto que algumas cenas e todo o ato final mais parecem teatro filmado.
O tom farsesco rende alguns bons momentos, principalmente os protagonizados por Cássio Gabus Mendes (aliás, o único do elenco que parece ter entendido o tipo de atuação que o filme requeria). Contudo, a direção deselegante de Barreto, que abusa de zooms sem nenhum critério, não diferencia muito filme e peça, visto que algumas cenas e todo o ato final mais parecem teatro filmado.
nota 4/10 -- não se culpe por não ver
Caixa Dois (Brasil, 2007), dir.: Bruno Barreto – em cartaz nos cinemas
1 comentários:
Se o filme fosse um pouco mais engraçadamente cínico, acho que a alfinetada seria bem mais interessante. Esse roteiro que vem do texto do Juca de Oliveira tem a cara dele: sem graça. E a trilha sonora é irritante. Abraço Renato!
(http://www.cinematografo21.blogspot.com/)
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