A Academia mandou o cinema americano para a forca na 83ª. edição do Oscar. Entre dez indicados ao prêmio principal, podemos citar pelo menos dois que não são apenas grandes filmes, mas genuínos representantes do cinema americano: "Bravura Indômita", faroeste à moda antiga, praticamente uma homemagem ao mais americano dos gêneros, e "A Rede Social", que trata de um tema atualíssimo e desconstrói o protagonista de uma típica história americana. E são filmes dirigidos por expoentes de uma geração de cineastas americanos: David Fincher e os irmãos Joel e Ethan Coen.
Mas a Academia decidiu preterir Fincher e os Coen e premiou "O Discurso do Rei", um filme inglês, sobre um capítulo da história britânica, dirigido canhestramente pelo ilustre desconhecido Tom Hooper, um filme que só mereceu mesmo o Oscar de Melhor Ator para Colin Firth. O Oscar, que sempre é visto como a grande celebração do cinema americano, preferiu fazer o meio de campo político mais uma vez. Quando Steven Spielberg subiu ao palco para anunciar o vencedor, ele praticamente antecipou (por conta própria ou seguindo o script do teleprompter, não dá para ter certeza) um pedido de desculpas. "Já aconteceu isso antes, relaxem..." Ele sabe disso, já que perdeu para "Shakespeare Apaixonado", em 1999. Nas duas oscasiões, Harvey Weinstein gargalhava na plateia. O clipe que precedeu a entrega do troféu foi a elegia perfeita, com o personagem de Firth fazendo o discurso do final do filme (aliás, praticamente todos os finais dos indicados foram mostrados ali, danem-se os spoilers), começando com "Neste momento sombrio..."
Outra prova de que a Academia esnobou a qualidade do cinema feito dentro de casa: Francis Ford Coppola foi homenageado no que já se chamou Oscar pelo Conjunto da Obra, mas o cineasta de "Apocalypse Now", "O Poderoso Chefão" e "A Conversação" foi colocado nos fundos da plateia do Kodak Theatre. E pior: não teve direito a discurso no palco, quando apareceu junto a Eli Wallach e Kevin Brownlow, também homenageados (Jean-Luc Godard não perdeu seu tempo e preferiu ficar em casa). A presença deles ao vivo deu um pouco mais de destaque à homenagem, que no ano passado se resumiu ao clipe do jantar de honra. Mas acabou soando desrespeitoso do mesmo jeito.
A cerimônia em si foi mais dinâmica que nos últimos anos, com desempenho acima do esperado dos apresentadores James Franco e Anne Hathaway (ela, especialmente, teve muito mais presença de espírito que seu parceiro; poderia ter dado conta do recado sozinha tranquilamente). O clipe de abertura à la Billy Crystal (que voltou ao Oscar para um mini show de stand-up) foi muito bem feito e escrito. Já o clipe musical, mesmo tendo sido engraçado, parecia mais adequado ao MTV Movie Awards (teve direito até a "Crepúsculo"). E o final, apesar de meio breguinha, com coral de crianças, foi bonito, principalmente com a entrada de todos os vencedores juntos. A ideia foi boa, o elenco é que poderia ter sido melhor escalado. Mas, ei: Natalie Portman ganhou. Só isso já teria valido a noite.
Sobre "Lixo Extraordinário", não foi nada injusto perder. Criou-se todo esse oba-oba em torno do filme aqui no Brasil, porque a grande mídia adora essas coisas, mas já era esperado que "Trabalho Interno" fosse vencer. Afinal, a categoria de Documentário se tornou desde a era Bush um momento político do Oscar. Um filme sobre a crise financeira que tanto abalou os EUA tinha que ser a bola da vez.
Placar final: "O Discurso do Rei" ganhou quatro Oscar, empatado com "A Origem" (ao meu ver, merecia somente o de Efeitos Visuais e poderia também ter ganhado o de Roteiro Original). "Bravura Indômita" sai como grande injustiçado, sem nada nos bolsos.
Todos os vencedores, acompanhados pelos indicados, a seguir:
MELHOR FILME
"O Discurso do Rei"
"Cisne Negro"
"O Vencedor"
"A Origem"
"Minhas Mães e Meu Pai"
"127 Horas"
"A Rede Social"
"Toy Story 3"
"Bravura Indômita"
"Inverno da Alma"
DIREÇÃO
Tom Hooper - "O Discurso do Rei"
Daren Aronofsky - "Cisne Negro"
David Fincher - "A Rede Social"
David O. Russell - "O Vencedor"
Joel Coen e Ethan Coen - "Bravura Indômita"
ROTEIRO ORIGINAL
"O Discurso do Rei"
"A Origem"
"Minhas Mães e Meu Pai"
"Another Year"
"O Vencedor"
ROTEIRO ADAPTADO
"A Rede Social"
"127 Horas"
"Toy Story 3"
"Bravura Indômita"
"Inverno da Alma"
ATOR
Colin Firth - "O Discurso do Rei"
Javier Bardem - "Biutiful"
Jeff Bridges - "Bravura Indômita"
Jesse Eisenberg - "A Rede Social"
James Franco - "127 Horas"
ATRIZ
Natalie Portman - "Cisne Negro"
Annette Bening - "Minhas Mães e Meu Pai"
Nicole Kidman - "Reencontrando a Felicidade"
Michele Williams - "Namorados para Sempre"
Jennifer Lawrence - "Inverno da Alma"
ATOR COADJUVANTE
Christian Bale - "O Vencedor"
John Hawkes - "Iverno da Alma"
Jeremy Renner - "Atração Perigosa"
Mark Ruffalo - "Minhas Mães e Meu Pai"
Geoffrey Rush - "O Discurso do Rei"
ATRIZ COADJUVANTE
Melissa Leo - "O Vencedor"
Amy Adams - "O Vencedor"
Helena Bonham Carter - "O Discurso do Rei"
Hailee Steinfeld - "Bravura Indômita"
Jacki Weaver - "Animal Kingdom"
FOTOGRAFIA
"A Origem" - Wally Pfister
"Cisne Negro" - Matthew Libatique
"O Discurso do Rei" - Danny Cohen
"A Rede Social" - Jeff Cronenweth
"Bravura Indômita" - Roger Deakins
MONTAGEM
"A Rede Social"
"Cisne Negro"
"O Vencedor"
"O Discurso do Rei"
"127 Horas"
TRILHA SONORA ORIGINAL
"A Rede Social"
"Como Treinar Seu Dragão"
"A Origem"
"O Discurso do Rei"
"127 Horas"
CANÇÃO ORIGINAL
"We Belong Together", de "Toy Story 3"
"Coming Home", de "Country Song"
"I See the Light", de "Enrolados"
"If I Rise", de "127 Horas"
MIXAGEM DE SOM
"A Origem"
"O Discurso do Rei"
"Salt"
"A Rede Social"
"Bravura Indômita"
EDIÇÃO DE SOM
"A Origem"
"Toy Story 3"
"Tron: O Legado"
"Bravura Indômita"
"Incontrolável"
EFEITOS VISUAIS
"A Origem"
"Além da Vida"
"Alice no País das Maravilhas"
"Harry Potter e as Relíquias da Morte Parte 1"
"Homem de Ferro 2"
DIREÇÃO DE ARTE
"Alice no País das Maravilhas"
"Harry Potter e as Relíquias da Morte Parte 1"
"A Origem"
"O Discurso do Rei"
"Bravura Indômita"
FIGURINO
"Alice no País das Maravilhas" - Colleen Atwood"
I Am Love" - Antonella Cannarozzi
"O Discurso do Rei" - Jenny Beavan
"A Tempestade" - Sandy Powell
"Bravura Indômita" - Mary Zophres
MAQUIAGEM
"O Lobisomem"
"A Minha Versão do Amor"
"Caminho da Liberdade"
FILME ESTRANGEIRO
"Em um Mundo Melhor" (Dinamarca), de Susanne Bier
"Biutiful" (México), de Alejandro Iñarritu
"Incendies" (Canadá), de Denis Villeneuve
"Dente Canino" (Grécia), de Yorgos Lanthimos
"Fora da Lei" (Argélia), de Rachid Bouchareb.
LONGA DE ANIMAÇÃO
"Toy Story 3"
"Como Treinar Seu Dragão"
"O Mágico"
CURTA DE ANIMAÇÃO
"The Lost Thing"
"Dia e Noite"
"The Gruffalo"
"Let's Pollute"
"Madagascar, carnet de voyage"
CURTA
"God of Love"
"The Confession"
"The Crush"
"Na Wewe"
"Wish 143"
DOCUMENTÁRIO
"Trabalho Interno"
"Exit through the Gift Shop"
"Gasland"
"Restrepo"
"Lixo Extraordinário"
CURTA DOCUMENTÁRIO
"Strangers No More"
"Killing in the Name"
"Poster Girl"
"Sun Come Up"
"The Warriors of Qiugang"
Mas a Academia decidiu preterir Fincher e os Coen e premiou "O Discurso do Rei", um filme inglês, sobre um capítulo da história britânica, dirigido canhestramente pelo ilustre desconhecido Tom Hooper, um filme que só mereceu mesmo o Oscar de Melhor Ator para Colin Firth. O Oscar, que sempre é visto como a grande celebração do cinema americano, preferiu fazer o meio de campo político mais uma vez. Quando Steven Spielberg subiu ao palco para anunciar o vencedor, ele praticamente antecipou (por conta própria ou seguindo o script do teleprompter, não dá para ter certeza) um pedido de desculpas. "Já aconteceu isso antes, relaxem..." Ele sabe disso, já que perdeu para "Shakespeare Apaixonado", em 1999. Nas duas oscasiões, Harvey Weinstein gargalhava na plateia. O clipe que precedeu a entrega do troféu foi a elegia perfeita, com o personagem de Firth fazendo o discurso do final do filme (aliás, praticamente todos os finais dos indicados foram mostrados ali, danem-se os spoilers), começando com "Neste momento sombrio..."
Outra prova de que a Academia esnobou a qualidade do cinema feito dentro de casa: Francis Ford Coppola foi homenageado no que já se chamou Oscar pelo Conjunto da Obra, mas o cineasta de "Apocalypse Now", "O Poderoso Chefão" e "A Conversação" foi colocado nos fundos da plateia do Kodak Theatre. E pior: não teve direito a discurso no palco, quando apareceu junto a Eli Wallach e Kevin Brownlow, também homenageados (Jean-Luc Godard não perdeu seu tempo e preferiu ficar em casa). A presença deles ao vivo deu um pouco mais de destaque à homenagem, que no ano passado se resumiu ao clipe do jantar de honra. Mas acabou soando desrespeitoso do mesmo jeito.
A cerimônia em si foi mais dinâmica que nos últimos anos, com desempenho acima do esperado dos apresentadores James Franco e Anne Hathaway (ela, especialmente, teve muito mais presença de espírito que seu parceiro; poderia ter dado conta do recado sozinha tranquilamente). O clipe de abertura à la Billy Crystal (que voltou ao Oscar para um mini show de stand-up) foi muito bem feito e escrito. Já o clipe musical, mesmo tendo sido engraçado, parecia mais adequado ao MTV Movie Awards (teve direito até a "Crepúsculo"). E o final, apesar de meio breguinha, com coral de crianças, foi bonito, principalmente com a entrada de todos os vencedores juntos. A ideia foi boa, o elenco é que poderia ter sido melhor escalado. Mas, ei: Natalie Portman ganhou. Só isso já teria valido a noite.
Sobre "Lixo Extraordinário", não foi nada injusto perder. Criou-se todo esse oba-oba em torno do filme aqui no Brasil, porque a grande mídia adora essas coisas, mas já era esperado que "Trabalho Interno" fosse vencer. Afinal, a categoria de Documentário se tornou desde a era Bush um momento político do Oscar. Um filme sobre a crise financeira que tanto abalou os EUA tinha que ser a bola da vez.
Placar final: "O Discurso do Rei" ganhou quatro Oscar, empatado com "A Origem" (ao meu ver, merecia somente o de Efeitos Visuais e poderia também ter ganhado o de Roteiro Original). "Bravura Indômita" sai como grande injustiçado, sem nada nos bolsos.
Todos os vencedores, acompanhados pelos indicados, a seguir:
MELHOR FILME
"O Discurso do Rei"
"Cisne Negro"
"O Vencedor"
"A Origem"
"Minhas Mães e Meu Pai"
"127 Horas"
"A Rede Social"
"Toy Story 3"
"Bravura Indômita"
"Inverno da Alma"
DIREÇÃO
Tom Hooper - "O Discurso do Rei"
Daren Aronofsky - "Cisne Negro"
David Fincher - "A Rede Social"
David O. Russell - "O Vencedor"
Joel Coen e Ethan Coen - "Bravura Indômita"
ROTEIRO ORIGINAL
"O Discurso do Rei"
"A Origem"
"Minhas Mães e Meu Pai"
"Another Year"
"O Vencedor"
ROTEIRO ADAPTADO
"A Rede Social"
"127 Horas"
"Toy Story 3"
"Bravura Indômita"
"Inverno da Alma"
ATOR
Colin Firth - "O Discurso do Rei"
Javier Bardem - "Biutiful"
Jeff Bridges - "Bravura Indômita"
Jesse Eisenberg - "A Rede Social"
James Franco - "127 Horas"
ATRIZ
Natalie Portman - "Cisne Negro"
Annette Bening - "Minhas Mães e Meu Pai"
Nicole Kidman - "Reencontrando a Felicidade"
Michele Williams - "Namorados para Sempre"
Jennifer Lawrence - "Inverno da Alma"
ATOR COADJUVANTE
Christian Bale - "O Vencedor"
John Hawkes - "Iverno da Alma"
Jeremy Renner - "Atração Perigosa"
Mark Ruffalo - "Minhas Mães e Meu Pai"
Geoffrey Rush - "O Discurso do Rei"
ATRIZ COADJUVANTE
Melissa Leo - "O Vencedor"
Amy Adams - "O Vencedor"
Helena Bonham Carter - "O Discurso do Rei"
Hailee Steinfeld - "Bravura Indômita"
Jacki Weaver - "Animal Kingdom"
FOTOGRAFIA
"A Origem" - Wally Pfister
"Cisne Negro" - Matthew Libatique
"O Discurso do Rei" - Danny Cohen
"A Rede Social" - Jeff Cronenweth
"Bravura Indômita" - Roger Deakins
MONTAGEM
"A Rede Social"
"Cisne Negro"
"O Vencedor"
"O Discurso do Rei"
"127 Horas"
TRILHA SONORA ORIGINAL
"A Rede Social"
"Como Treinar Seu Dragão"
"A Origem"
"O Discurso do Rei"
"127 Horas"
CANÇÃO ORIGINAL
"We Belong Together", de "Toy Story 3"
"Coming Home", de "Country Song"
"I See the Light", de "Enrolados"
"If I Rise", de "127 Horas"
MIXAGEM DE SOM
"A Origem"
"O Discurso do Rei"
"Salt"
"A Rede Social"
"Bravura Indômita"
EDIÇÃO DE SOM
"A Origem"
"Toy Story 3"
"Tron: O Legado"
"Bravura Indômita"
"Incontrolável"
EFEITOS VISUAIS
"A Origem"
"Além da Vida"
"Alice no País das Maravilhas"
"Harry Potter e as Relíquias da Morte Parte 1"
"Homem de Ferro 2"
DIREÇÃO DE ARTE
"Alice no País das Maravilhas"
"Harry Potter e as Relíquias da Morte Parte 1"
"A Origem"
"O Discurso do Rei"
"Bravura Indômita"
FIGURINO
"Alice no País das Maravilhas" - Colleen Atwood"
I Am Love" - Antonella Cannarozzi
"O Discurso do Rei" - Jenny Beavan
"A Tempestade" - Sandy Powell
"Bravura Indômita" - Mary Zophres
MAQUIAGEM
"O Lobisomem"
"A Minha Versão do Amor"
"Caminho da Liberdade"
FILME ESTRANGEIRO
"Em um Mundo Melhor" (Dinamarca), de Susanne Bier
"Biutiful" (México), de Alejandro Iñarritu
"Incendies" (Canadá), de Denis Villeneuve
"Dente Canino" (Grécia), de Yorgos Lanthimos
"Fora da Lei" (Argélia), de Rachid Bouchareb.
LONGA DE ANIMAÇÃO
"Toy Story 3"
"Como Treinar Seu Dragão"
"O Mágico"
CURTA DE ANIMAÇÃO
"The Lost Thing"
"Dia e Noite"
"The Gruffalo"
"Let's Pollute"
"Madagascar, carnet de voyage"
CURTA
"God of Love"
"The Confession"
"The Crush"
"Na Wewe"
"Wish 143"
DOCUMENTÁRIO
"Trabalho Interno"
"Exit through the Gift Shop"
"Gasland"
"Restrepo"
"Lixo Extraordinário"
CURTA DOCUMENTÁRIO
"Strangers No More"
"Killing in the Name"
"Poster Girl"
"Sun Come Up"
"The Warriors of Qiugang"
8 comentários:
Juro que não vi nada demais em Bravura Indômita - assisti westerns clássicos muito melhores. Até mesmo Os Imperdoáveis considero infinitamente melhor... E os 15 minutos finais repleto de clichês enterrou de vez qualquer paixão minha pelo filme.
Por outro lado, achei que A Rede Social, A Origem e Cisne Negro muito superiores e merecedores do prêmio - penso neles até hoje. E são os únicos indicados que pretendo rever...
Abraço Renato.
Belo texto. Como não vi alguns indicados (O DISCURSO DO REI, inclusive), senti-me indiferente em alguns momentos, mas enquanto cerimônia foi bem melhor que os shows dos dois últimos anos, péssimos (ano passado ao menos a situação foi amenizada pelas vitórias de GUERRA AO TERROR). Fiquei triste com as vitórias de Bale e Leo (esta, responsável pelos momentos mais estúpidos, cafonas, falsos e constrangedores da noite) e com BRAVURA ter saído sem nada (Hailee merecia aqui, e o pobre do Deakins... mas pelo menos foi A ORIGEM e o excelente Pfister que ocupou o lugar). Enfim, um show que prometia muito (o palco e as mudanças de cenário estavam excelentes, mas foram sendo esquecidos conforme a cerimônia passava), cumpriu uma parte, distribuiu bem os prêmios (esperava exatamente isso), mas parece ter sido uma ofensa na entrega dos Oscar mais pomposos -- e sobre isso eu, ao menos agora, não poderei lançar opinião.
Discurso da Melissa Leo foi realmente um dos mais constrangedores que já vi. Oscar de Vergonha Alheia pra ela.
Renato.
Achei um pouco equivocado seu comentário. O fato de um filme ser americano ou ser inglês não deve influenciar no resultado final, o único argumento deve ser o filme em si.
"O Discurso do Rei" é um excelente filme , com atores que supreenderam e a parte técnica feita lindamente.
Bravuta Indômita é bom mas tem problemas sérios de roteiro e A Rede Social é ótimo (montagem sensacional) mas nunca achei que era filme para ganhar Oscar.
Agora o que eu realmente não entendo é a revolta quanto ao prêmio para o Tom Hopper, se ele dirigiu o melhor filme, logo, ele tem direito de ser escolhido o melhor diretor.
Eu amoooo David Fincher de paixão, mas o Oscar não é de conjunto da obra e sim de apenas um filme.
Enfim, humilde opinião. rs. Eu achei um Oscar justo.
O Discurso do Rei é apenas um filme fácil de se ver. O elenco é soberbo e a história tem seus bons momentos, mas não passa disso. A Rede Social é um espetáculo do início ao fim. Cisne Negro é um primor acima de qualquer discurso. E A Origem é infinitamente mais interessante que o rei.
O Oscar talvez precise acontecer ainda em janeiro. Está ficando chato e desinteressante acompanhar. Os resultados já são esperados e não há esforço da Academia em mudar...
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E já me metendo na briga alheia, kkkkkk, o comentário do Renato tem tudo a ver!
Não é briga não , só uma divergência de opinião!(rs) mesmo pq acompanho o Renato pelo twitter faz tempo e adoro os comentários dele.
Oi, Lígia, tudo bom?
É que eu achei que a Academia desvalorizou muito grandes cineastas que tem em casa para premiar um filme de outro país, de um cineasta em ascensão que pode vir a fazer filmes melhores futuramente. O Fincher já está fazendo filmes melhores que Discurso do Rei desde os anos 90. Enfim, para mim o prêmio todo não passou de politicagem, por todos os motivos que expliquei em meu texto sobre o filme do Hooper.
Abraço!
Renato.
Eu já tinha aceitado que O Discurso do Rei fosse ganhar como melhor filme. Mas o Fincher ser desrespeitado na categoria de melhor diretor foi algo que doeu na alma de qualquer cinéfilo.
Espero que o Oscar desse ano tenha gerado polêmica o suficiente para que a politica cagalhona da academia não se repita ano que vem.
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