Distrito 9

por
  • RENATO SILVEIRA em
  • 17 outubro 2009


  • Os problemas do estilo “neo-verité” que passou a ser muito utilizado nesta década são dois: mexer muito a câmera e usar cenas muito curtas. Combinados, esses dois elementos podem causar dor de cabeça e náusea na platéia, e, infelizmente, os primeiros 20, 30 minutos de "Distrito 9" são comprometidos por essa falta de tato com a imagem. Tanto é que as melhores partes do filme são aquelas que não tentam simular um noticiário ou documentário. Seja como for, essa abordagem realista tem sua razão de existir, já que pode até ser vista como um comentário sobre o próprio método de filmagem utilizado em filmes que tratam das margens da sociedade, criando para pessoas pobres uma identidade visual que acaba por discriminá-las da mesma forma: por que elas não podem ser vistas numa tela de cinema sob o mesmo prisma que o cidadão urbano, burguês?

    É aí onde "Distrito 9" se destaca acima de um extraordinário conto sci-fi. Ele situa a ação num cenário distinto, apesar de não ser inédito em uma produção do gênero (basta nos lembrarmos de "Star Wars" ou "Vingador do Futuro"), e leva a estética dos chamados “filmes de favela” e seus personagens e problemas (como ordens de despejo e assentamentos, discriminação, para não falar em apartheid) para a ficção-científica – que, por sua vez, empresta seus alienígenas, espaçonaves, biotecnologia e armas hi-tech.

    O diretor Neil Blomkamp iguala tudo na marginalidade. Com seu primeiro filme (apadrinhado pelo gigante Peter Jackson), ele não faz um comentário político-social, mas um comentário imagético. Ele prova que esse estilo de filmar não só não é mais novidade, ms que também foi apropriado pelo cinema de entretenimento (como já vimos em tantos outros filmes pós-"Bruxa de Blair", como os recentes “Cloverfield – Monstro”, “[REC]” e “Diário dos Mortos”). O "fake" (e não "ficção", pois tudo invariavelmente é ficção) e o "real" se confundem, mais do que nunca, em propostas das mais diferentes – e é curioso observar isto acontecer tanto num cinema de shopping quanto numa sala alternativa, em filmes como “Moscou” e “Aquele Querido Mês de Agosto”. Há uma congruência interessante aí no que diz respeito à evolução da linguagem cinematográfica.

    Mas é injusto falar sobre "Distrito 9" sem mencionar também sua contribuição para o gênero em que está inserido. Estamos diante de algo que impressiona não apenas pelo uso do formato, mas também por avançar na narrativa até um ponto em que você pode ficar sem saber adivinhar o que virá em seguida - e, convenhamos, hoje em dia, com tanta reciclagem que se vê numa tela de cinema, esse é um grande mérito. Trunfo da caracterização do protagonista, Wikus Van De Merve, interpretado pelo novato Sharlto Copley. O personagem é construído de maneira ambígua: insuportável e chatíssimo à primeira vista, mas por quem você acaba torcendo, mesmo que ele se revele um genuíno anti-herói, egoísta e capaz de cometer filhadaputagens para poder salvar a própria pele. A comparação com "A Mosca", de Cronenberg, vai além da superfície.

    E se não se pode dizer que os vilões humanos de "Distrito 9" são exatamente esféricos - como o militar Koobus ou os gângsteres que comandam a comunidade - Christopher Johnson, o alienígena principal (curioso como o extraterrestre tem um nome "mais humano" do que os próprios humanos do filme) é um dos grandes personagens do ano, pois, assim como Wikus, cativa o espectador gradualmente, além de ter um design simples (uma mistura de gafanhoto com lagosta), mas bastante interessante. Notável, aliás, como CGI e efeitos práticos se confundem na tela. Não estou 100% certo da técnica utilizada, mas em algumas cenas os alienígenas parecem ser bonecos animatrônicos de tão reais. Sem falar que os demais efeitos visuais são realizados com a competência habitual da WETA, sem que em momento algum você "saia" do filme por achar que alguma coisa ali é inverossímil.

    Lembrando, sempre, que verossimilhança é aquilo que é crível, e não o que é verídico. Voltamos, então, à questão do "fake" se misturando com o "real": assistimos ao filme sabendo que nada daquilo existe, mas tendo como referência a vida do lado de cá, percebida através dos telejornais. Por isso prefiro a mentira sincera de "Distrito 9" do que qualquer cinema que se venda como verdade.

    nota: 8/10 -- veja no cinema e compre o DVD

    Distrito 9 (District 9, 2009, EUA/Nova Zelândia)
    direção: Neill Blomkamp; roteiro: Neill Blomkamp, Terri Tatchell; fotografia: Trent Opaloch; montagem: Julian Clarke; música: Clinton Shorter; produção: Peter Jackson, Carolynne Cunningham; com: Sharlto Copley, Jason Cope, Nathalie Boltt, Sylvaine Strike, John Sumner, William Allen Young, Nick Blake, Vanessa Haywood, David James; estúdio: WingNut Films, Key Creatives, QED International; distribuição: Columbia Pictures. 112 min

    25 comentários:

    Silvino disse...

    Os efeitos impressionam bastante mesmo. Tive essa mesma sensação em diversos momentos, de não saber se era animatrônico ou cgi. E tudo isso com 30 milhoes.. Excelente filme.

    Vinicius Colares disse...

    Realmente tecnicamante o filme é impecável, mas erraram a mão na edição, a mistura da camera diegética com a convencional não colou pra mim e a expoisção demasiada de certos diálogos também, por exemplo quando o protagonista está fugindo e vai em direção ao distrito 9, entra alguem falando pra camera, o óbvio: "ele não tinha mais pra onde ir" e isso se repete várias vezes no filme, no entanto o filme é agil, o ator principal é ótimo, o alien principal tbm e o filme recupera pontos comigo por isso.

    Unknown disse...

    Filme péssimo. A estética da carnificina exposta pela visão decadente de profissionais de cinema que gastam tanto dinheiro
    para quase nada. O filme não contribui em nada
    para um tema de grande
    amplitude. Os piores filmes me parecem aqueles que usam artifícios
    de uma linguagem realista porém
    totalmente inverossímel. A semiótica da obra é negativa, como na maioria das produções americanas que permeiam a tela de armas e violência. A tristeza e decepção ao final das contas, é que trata-se de uma produção quase alternativa, fora do circuito tradicional americano, que poderia quem sabe tentar equilibrar as forças. Decepcionante. Saudades de filmes belos, sérios e inteligentes sobre um tema tão cativante.

    Bruno / K1llm4ster disse...

    RRRosa: Você devia procurar saber um pouco mais sobre o filme, quem o fez, onde filmaram, e quanto foi gasto para fazer esta produção.

    Quem sabe você não reformula sua resposta.

    Felipe disse...

    Assisti ontem esse filme, nota 10!, eu achei o filme bem original e muito bem produzido.
    Pois é em RRosa, ...esse filme não foi feito pra qualquer pessoa, só te falo isso.
    Foi feito para poucos, para quem gostar de pensar e questionar, pra quem gosta desse tipo mesmo, e isso que faz dele excelente!
    Ótimo post Renato.

    Juci disse...

    Assiti a esse filme hoje no cinema acabei de chegar pra ser mais exata e ainda estou impactada com a estória. Com certeza tem uma sequencia saindo do forno por ai. O filme é excelente, é visionário! Ele trata a relação hipotetica homem x aliens por um outro ângulo e essa é a parte bacana.

    Anônimo disse...

    "semiótica da obra é negativa" ... Será que essa tal de semiótica dá prejuízo! Deus Pai todo poderoso! Vou no dicionário agora... será que é para tanto?

    O filme diverte e é interessante...só por aí já está valendo.

    Abrax

    Anônimo disse...

    O plot é bem interessante, porém o roteito ficou sofrível. Deveriam ter pensado um pouco mais em como harmonizar o comportamento dos personagens como algo mais natural. Ocorrem muitas variações bruscas de inteligência e carater nos personagens. Não me agradou.

    Juci disse...

    FALA SERIO, ROTEIRO SOFRIVEL!!! O PROTAGONISTA É UM MERDINHA DESDE O INICIO E A SUA RENDIÇÃO NO FINAL É A SIMPLES IMPOTENCIA DIANTE DA SITUAÇÃO EM QUE ELE SE ENCONTRA E NÃO UM TRANSTORNO BIPOLAR, POR FAVOR NÉ?! E QUANTO AO ALIEN, O AMBIENTE EM QUE ELE VIVIA FOI UM MOTIVO PARA A BUSCA DE COMBUSTIVEL E A CONFRONTAÇÃO COM O QUE OS SERES HUMANOS FAZIAM COM O SEU POVO, REFORÇARAM NELE A VONTADE CHEGAR A NAVE E DE IR PRA CASA CONSEGUIR AJUDA. VAI VER VOCÊ ENGOLIU MOSCA ANÔNIMO.

    Juci disse...

    FALA SERIO, ROTEIRO SOFRIVEL!!! O PROTAGONISTA É UM MERDINHA DESDE O INICIO E A SUA RENDIÇÃO NO FINAL É A SIMPLES IMPOTENCIA DIANTE DA SITUAÇÃO EM QUE ELE SE ENCONTRA E NÃO UM TRANSTORNO BIPOLAR, POR FAVOR NÉ?! E QUANTO AO ALIEN, O AMBIENTE EM QUE ELE VIVIA FOI UM MOTIVO PARA A BUSCA DE COMBUSTIVEL E A CONFRONTAÇÃO COM O QUE OS SERES HUMANOS FAZIAM COM O SEU POVO, REFORÇARAM NELE A VONTADE DE CHEGAR A NAVE E DE IR PRA CASA CONSEGUIR AJUDA. VAI VER VOCÊ ENGOLIU MOSCA ANÔNIMO.

    Marcybr disse...
    Este comentário foi removido pelo autor.
    Marcybr disse...

    Na boa, achei bem bacana. Não entendo nada de semiótica também. :-P
    Mas achei a histótia bem interessante.

    Gustavo disse...

    Gostei muito. Ótima ficção científica e isso basta, não tem que ficar procurando chifre em cabeça de cavalo. A grande sacada para mim é ter feito o ambiente na África do Sul, a mensagem de fundo do racismo e xenofobia é clara. Tem pontos a melhorar, sim, mas esses intelectualóides que acharam ruim são a minoria. Esses caras têm futuro, espero mais Sci-Fi neste estilo.

    Anônimo disse...

    O filme é simplesmente incrível, a principal mensagem que ele passa é que até os alienígenas são mais humanos do que os próprios humanos, bom, pelo menos foi isso que eu entendi. Mas vale a pena cada minuto assistindo, você se surpreende no final.

    Chuva na Língua disse...

    Pense assim: pegue uma favela no modelo das do Brasil, coloque um pouco de problemas africanos, aí despeje um monte de alienígenas do tipo fugido dos filmes dos anos 80. Triture tudo no liquidificador. Coloque uns narradores obscuros para contar a história.
    Só com isso , sua massa ia ficar sensacional. Mas... ainda está faltando uma coisa: um herói. Ou melhor: um anti-herói!

    Taí a cereja do filme!

    Quando fui ver D9, eu sabia que encontraria um filme diferente, porque tamanha mistura de problemas sociais com alienígenas não poderia resultar em alguma coisa menos original.
    Mas a bela surpresa foi realmente o protagonista do filme (Sharlto Copley), um ator que eu nunca vi nem-mais-gordo-nem-mais-magro e que, em minha opinião, roubou totalmente a cena.

    Não houve favela nem alienígena que superasse o tal Wikus Van De Merwe!

    O cara é um estúpido burocrata, casado com a filha de um dos donos, ou algo assim, da empresa que é responsável por controlar o Distrito 9. Acaba sendo laranja da empreitada da empresa que, na verdade, só quer desenvolver uma forma de usar as armas dos alienígenas.

    No momento em que ele é "promovido" para controlar a operação de invasão do Distrito 9, onde estão confinados os aliens, o tal Wikus é atropelado pela supresa: como um idiota com eu é escolhido para uma responsabilidade dessas? Ele não percebe a cilada em que está sendo metido.

    Aí é a cena-master #1 do filme: a cara de tolo-promovido que todos nós já vimos uma vez na vida nas empresas onde trabalhamos! Dá vontade de fazer um pôster! É uma ironia suprema!

    E como todo laranja que se preze, abraça com fervor a causa. Arma uma operação de guerra para invadir a favela dos aliens e, favela invadida... cena-master n#2: ele bate nas portas dos barracos mostrando a ordem de despejo para os aliens - que deveriam "assinar" o papel, dando "ciência" daquilo.

    Quase caí da cadeira porque não dava para rir por fora o quanto eu ria por dentro.
    Qualquer pessoa que viva num mundo burocrático como o nosso se sentiu como aquele alienígena. Essa foi de-mais!

    Mas o melhor ainda nem tinha chegado: o tal Wikus acaba tendo contato com um líquido alien e começa a se transformar num deles. A contaminação era previsível: Wikus é desengonçado, tímido, age diante da câmera que o acompanha como ela fosse o verdadeiro alien, enrola microfone no crachá... e, claro, manuseia um artefato com líquido alienígena como se fosse o brinquedo de um filho. É quando se dá a "contaminação".

    Durante a história, ele acaba se associando a um dos "camarões" para tentar reverter o processo de transformação do qual acabou sendo vítima. Preste atenção nisto: Wikus não se dá mal por causa do sogro-chefe-gente-boa, nem por causa de nenhum alienígena-favelado ou por qualquer outro ser deste ou de outro planeta.
    Wikus é que se contamina!
    É sua falta de jeito, sua pressa, a vontade de parecer "o cara" diante das câmeras. Ele consegue, assim como no filme, atingir aquele meio-termo perfeito entre o ódio que provoca por seu comportamento puxa-saco, burocrático, acrítico e a ingenuidade que só os tolos de verdade conseguem ter.
    Da raiva de não conseguir ter raiva dele!

    Fazia muito tempo que eu não via um anti-herói tão bem construído como ele. O filme vale por tudo, e principalmente pela mão certeira que fez este personagem.

    RENATO SILVEIRA disse...

    Ótimas considerações, Chuva na Língua. É um personagem muito bem construído mesmo.

    []s.

    Anônimo disse...

    Tudo bem, o filme PODERIA ter sido bom devido a alguns méritos, porém, existem alguns itens muito ruins:

    - Contaminação com COMBUSTÍVEL, que transforma o DNA humano em alien? Porque os aliens fabricariam isto?
    - Armas acionadas somente por mão aliens?
    - Nigerianos que querem comer pedaços dos aliens e trocam mercadorias com eles, para ter poder?
    - Máquinas e armas que durante 20 anos não são usadas pelos aliens e de uma hora para outra começam a funcionar todas ao emsmo tempo?
    - E mais um monte de idiotice...

    Lúcia disse...

    Filme fantástico! Agrada aos apreciadores de filmes de ação e, ao mesmo tempo, suscita reflexões profundas a respeito, não apenas de xenofobia, mas em relação a todos os tipos de preconceito. À primeira vista, infelizmente a sociedade tem a tendência a rejeitar o que ela considera como "diferente", mas, após a criação de uma relação pessoal com o estigmatizado, passa-se a ter uma visão mais solidária com o "estrangeiro".
    Interessantíssimo o fato de o filme se passar na África do Sul, onde os habitantes sofreram tanto (e ainda sofrem) com questões de racismo e, mesmo sentindo na pela o que é o preconceito, são, também eles, preconceituosos.
    Isso realmente ocorre com os grupos considerados "minorias". Há preconceito dentro de todos os segmentos.
    Distrito 9 abre essa discussão.
    Imperdível.

    Anônimo disse...

    acho que o cara da semiotica copiou essa opinião de algum lugar

    Unknown disse...

    Para aqueles que não se importam com imagens de carnificina, violência gratuita, porrada, armas, armas, armas... e ETs inconsistentes, o filme pode ser um excelente entretenimento. Já para aqueles que "pensam" cinema na esfera cultural e social, e se importam com os ícones produzidos em massa na TV e no cinema, trata-se de um filme, a meu ver, Dispensável. Indispensável, talvez, para quem necessita elaborar uma crítica sobre o mesmo.
    Alguns valores encontrados no filme como a atuação de Sharlto Copley, a fotografia e cenografia da Nave (fantástica!), um filme na Africa do Sul e a boa idéia "antes" do roteiro, não compensam os pontos negativos da obra final. Enfim, gosto - pelo cinema como arte - não se discute e o pagamento da entrada é problema de cada um. Não é de se admirar que este filme tenha sido o sucesso de verão nos Estados Unidos. Apesar de não ser um a produção diretamente americana (este aspecto é discutível) possui todos os ícones que a maioria dos "blockbusters" adora. Fui ao cinema esperando uma produção alternativa, mas encontrei o pior: + 1 "blockbuster".

    Anônimo disse...

    O filme é bárbaro e inovador em muitos aspectos. Claro que não poderia ser perfeito, mas tem muitos méritos. Alguns críticos e outros só cinéfilos reclamaram do ritmo, do estilo documentário, do exagero em narrar em off cenas óbvias, que estavam "na cara", nas não é isso exatamente que se vê nas reportagens da tv de hoje? Um repórter chega para uma menina toda suada e sorridente pulando o carnaval... você tá gostando? você tá suada?? ahahah... Aos críticos dessas situações que aparecem no filme percebam que o filme é pródigo até nessa novidade, imitar o estilo "bobo" e "óbvio" de fazer reportagens na tv... Há vários tipos de flmes para diferentes públicos, uns gostam do cine arte, outros do cine aventura, enfim... cada um com suas idiossincrasias... Como gosto de filmes de ficção e polêmicos, esse se encaixou legal.. Mostra o preoconceito, os poderes paralelos em cada situação de vida ali apresentados, a alta grana rolando em cima dos interesses humanitários, coisa que rola muito nesse mundo. E o mais legal foi ver os papéis de herói e anti-heróis sendo trocados numa velocidade estotentante a cada momento. E na mesma medida, a platéia mudando a sua torcida para um ou outro. Só não achei legal a violência explícita de algumas cenas, apesar de ter entendido que isso foi também proposital, o filme é "exagerado" em todos os aspectos. Você só vai curtir se assistir o filme com a idéia que não vai ver um filme convencional de ETs que nos costumamos ver. Que tal abrir a cabeça para algo diferente de vez em quando?

    DomPerdigao disse...

    lixo lixo lixo

    Iza disse...

    Acho legal as pessoas externarem a sua opinião. Os comentários são ecléticos, bem democráticos. Há espaço para todas as opiniões.
    Gostei dos comentários do "anônimo" e do "chuva na lingua"...bem legal.

    O que gostaria de salientar é relativo ao conceito de evolução que alguns antropólogos seguem uma idéia positivista de que a raça humana é superior.

    E o que vemos no filme são rituais de canibalismo.

    Tudo está no ser humano...o que é o primitivismo?
    O ser humano terá que escolher entre o humano e a barbárie...
    Lembrei da Hannah Arendt...

    Muitas reflexões...

    Unknown disse...
    Este comentário foi removido pelo autor.
    Pablito disse...

    Acho que tô com uma coceira aqui na minha semiótica...

     
    Copyright (c) 2010 Blogger templates by Bloggermint