Acabei de sair do salão nobre do Copacabana Palace, no Rio de Janeiro, onde ocorreu a coletiva de imprensa com Tom Cruise, para lançamento do filme "Operação Valquíria".
Foi uma coletiva bem organizada (sem fotógrafos!) e relativamente rápida, algo em torno de 40 minutos, e de conteúdo razoável. Algumas perguntas renderam longas respostas de Cruise - não necessariamente boas, mas válidas para quem precisa de aspas para matéria de jornal - outras beiraram o ridículo, como esperado nesses eventos grandiosos, dos credenciados por parte de veículos popularescos.
Houve pelo menos um momento muito constrangedor, quando um fã disfarçado de jornalista conseguiu acesso ao disputado microfone para perguntar se podia tirar uma foto com Cruise para mostrar ao sobrinho dele. Tá bom. Sobrinho, sei. Para piorar, uma outra jornalista - essa parecia jornalista mesmo! - invadiu a faixa de segurança para tirar foto também. Um segurança teve que se prontificar para evitar novas invasões, mas Cruise parece não ter se importado com os atrevimentos. Deve ter é gostado, porque no fim rende fofoca e publicidade. (Raquel, que veio comigo ajudar na operação da câmera - sim, nós filmamos tudo! - reclama desse meu último comentário. Mas não vale, pois ela é defensora ardorosa do indivíduo e está deixando o lado passional falar mais alto que o profissional. Humpf.)
Infelizmente, não consegui o direito ao microfone para fazer minha pergunta. Uma frustração, mas tudo bem. Já era esperado que veículos impressos e redes de TV (e conhecidos do mediador da entrevista) tivessem preferência. Infelizmente, os websites ainda são vistos com preconceito, apesar de muitos darem uma exposição bem maior para um filme ou artista do que um veículo impresso de média circulação. Apesar de eu ter passado 40 minutos com a mão levantada para tentar fazer uma pergunta sobre cinema (e outros colegas que trabalham em sites também), aqueles que queriam perguntar "Do que você gostou mais no Brasil?" foram mais bem sucedidos.
Relato aqui apenas algumas impressões sobre a entrevista, já que nos próximos dias editarei a matéria completa - em vídeo! Não percam. Agora vou dar uma passeada pelo Rio, porque ninguém é de ferro.
P.S.: Acabou que o filme virou um detalhe nessa passagem do Cruise pelo Brasil. Pois bem, vai uma notapé: gostei de "Operação Valquíria" mais do que esperava. Talvez seja o filme menos inspirado do Bryan Singer, mas ainda assim ele se sai bem na construção do suspense nas principais cenas, e continua compondo belas tomadas. O conjunto é que não convence tanto. É um filme sobre um episódio curioso da Segunda Guerra, um filme sobre falhas. É um thriller bom, nada mais do que issso. Mais a respeito na crítica que está por vir. Agora, sim, o Rio!
Foi uma coletiva bem organizada (sem fotógrafos!) e relativamente rápida, algo em torno de 40 minutos, e de conteúdo razoável. Algumas perguntas renderam longas respostas de Cruise - não necessariamente boas, mas válidas para quem precisa de aspas para matéria de jornal - outras beiraram o ridículo, como esperado nesses eventos grandiosos, dos credenciados por parte de veículos popularescos.
Houve pelo menos um momento muito constrangedor, quando um fã disfarçado de jornalista conseguiu acesso ao disputado microfone para perguntar se podia tirar uma foto com Cruise para mostrar ao sobrinho dele. Tá bom. Sobrinho, sei. Para piorar, uma outra jornalista - essa parecia jornalista mesmo! - invadiu a faixa de segurança para tirar foto também. Um segurança teve que se prontificar para evitar novas invasões, mas Cruise parece não ter se importado com os atrevimentos. Deve ter é gostado, porque no fim rende fofoca e publicidade. (Raquel, que veio comigo ajudar na operação da câmera - sim, nós filmamos tudo! - reclama desse meu último comentário. Mas não vale, pois ela é defensora ardorosa do indivíduo e está deixando o lado passional falar mais alto que o profissional. Humpf.)
Infelizmente, não consegui o direito ao microfone para fazer minha pergunta. Uma frustração, mas tudo bem. Já era esperado que veículos impressos e redes de TV (e conhecidos do mediador da entrevista) tivessem preferência. Infelizmente, os websites ainda são vistos com preconceito, apesar de muitos darem uma exposição bem maior para um filme ou artista do que um veículo impresso de média circulação. Apesar de eu ter passado 40 minutos com a mão levantada para tentar fazer uma pergunta sobre cinema (e outros colegas que trabalham em sites também), aqueles que queriam perguntar "Do que você gostou mais no Brasil?" foram mais bem sucedidos.
Relato aqui apenas algumas impressões sobre a entrevista, já que nos próximos dias editarei a matéria completa - em vídeo! Não percam. Agora vou dar uma passeada pelo Rio, porque ninguém é de ferro.
P.S.: Acabou que o filme virou um detalhe nessa passagem do Cruise pelo Brasil. Pois bem, vai uma notapé: gostei de "Operação Valquíria" mais do que esperava. Talvez seja o filme menos inspirado do Bryan Singer, mas ainda assim ele se sai bem na construção do suspense nas principais cenas, e continua compondo belas tomadas. O conjunto é que não convence tanto. É um filme sobre um episódio curioso da Segunda Guerra, um filme sobre falhas. É um thriller bom, nada mais do que issso. Mais a respeito na crítica que está por vir. Agora, sim, o Rio!
9 comentários:
Rio de Janeiro, sol, mar, mulheres (homens, para quem prefere :) ), ver Tom Cruise em carne e osso,... Putz, que inveja!!! :)
No mais, aproveita mesmo Renato e Raquel, que a vida é uma só e voa...
Aguardando o vídeo.
xlucas
http://womni.blogspot
P.S. Realmente já passou da hora de se dar a devida importancia à internet. Acredito que a mesma hoje em dia tenha a mesma relevancia (em alguns casos até mais), que qualquer outro veiculo de comunicação/informação
Ah! sessão fofoquinha: o Tom Cruise é baixinho? Ou não deu pra perceber, pois imagino que ele estivesse sentado.
E Raquel; ele é tão bonito pessoalmente quanto em fotos e filmes?
Desculpem-me esse meu momento "Caras". É que ele ao lado de Brad Pitt, são os dois icones máximo da beleza no cinema já há bem tempo, né? E se tornaram quase mitologicos. Evidente que um dia a beleza passa, né? Mas que eles (e alguns outros e outras, parecem quase irreais, devido a toda mitologia criada por Hollywood/cinema, não há dúvida.
Se bem que, juntamente com "certo blogueiro", eu prefira muito mais conhecer (inclusive biblicamente) é Natalie Portman, não é mesmo Renato??!! :>)
xlucas
http://womni.blogspot.com
Era de se esperar perguntas óbvias sobre a vida pessoal do cara e "O que você mais gostou do Rio?" né? Triste.
Renato e Raquel, aproveitem o calor infernal da minha terrinha amada!
Momento tiete: Babei, babei, meu idolo de infancia e adolescencia na minha cidade e eu aqui no pais dele nunca o vi, buaaaaaaa.
Beijos cariocas e aproveitem o RJ!
De fato, ô calor desgramado! E eu que achava que em BH estava insuportável. Mesmo assim, o Rio é uma cidade que adoro e sempre deixa saudades. Já estou de volta, by the way.
Respondendo às perguntas: sim, ele é baixo, mas não é um anão. Estatura normal, digamos. A Katie Holmes, sim, é bem alta, mas só deu para vê-la rapidamente na entrada do Odeon para a pré-estréia, à noite.
xlucas, essa desmistificação é realmente interessante. Com todo ator ou diretor que eu entrevisto acontece isso: a pessoa fica normal, você se sente no mesmo mundo que ela. De todos com quem já estive, David Lynch foi o que mais me surpreendeu, pela simpatia e humildade. O cara faz os filmes mais misteriosos e malucos, mas não é um alien. Adoro esse processo e com o Cruise foi um pouco isso.
Pouco porque não deu para falar pessoalmente, então ficou ainda um pouco do distanciamento. Mas, ao vê-lo na sua frente, você tem uma noção de que o cara - apesar de todo o poder, dinheiro, fama - é só alguém que gosta do trabalho que faz. Eu e Raquel sentimos que a frescuragem toda em torno dele é muito mais culpa da organização (assessores, publicistas etc.) do que uma exigência feita por ele. Mas vai saber se é justamente por ter todo esse aparato de segurança que o cara se sente seguro para ser tão simpático e aberto com os outros?
Não sei, mas depois de vê-lo passar cerca de uma hora tirando fotos e dando autógrafos para os fãs na porta do cinema, só posso acreditar que o cara não é desses mitos enigmáticos e inacessíveis que Hollywood e a mídia constróem. Além do que, acaba que essa generosidade com os fãs vira uma moeda de troca. Ao contrário de outros artistas, o cara investe muito bem na autopromoção (no bom sentido), então, não é a toa que é tão querido mundo a fora.
[]s!
"O que viu que gostou no Brasil?" essa pergunta é irritante! É uma necessidade de aceitação alarmante! e somente para sublinhar que somos alegres, que nosso sol é mais quente, nossas mulheres são bonitas. porque nunca ouvi palavra sequer muito diferente.
viu a grande entrevista de faustao com alanis morrissete?
o tom cruise não sei. ele sempre aparece com umas coisas que digo "olha, ator.", mas nunca pego confiança.
O pior, Renato, é que logo na saída da entrevista o cara já tinha revelado que não tinha sobrinho nenhum. E o mais triste foi ver o sujeito dando entrevista para a Band como se tivesse feito algo legal. A solução é relevar mesmo. Abraços.
Eu também adoro o Rio, mesmo quase derretendo de tanto calor. Aqui em BH já está quente, mas o Rio é vencedor disparado nesse quesito. E o Tom... Ai, ai... É lindo de qualquer jeito mesmo. Pessoalmente ficou ainda mais interessante hehehe. E muito simpático. Como o Renato disse, é baixinho. Mas isso eu já esperava, pois dá para perceber em fotos, principalmente quando ele está ao lado da Katie, né? Enfim, foi uma experiência maravilhosa.
¨Operação Valquíria¨... O fato histórico é importante e se insere num contexto de barbárie que deve ser lembrado para jamais ser repetido. O cinema, porém, ao abordar o episódio, deveria ter tido o cuidado de não escolher como protagonista alguém que, por sua beleza inigualável, ofuscasse o brilho do fato em si.
Tom Cruise só deveria participar de filmes em que sua cara - e em especial seu sorriso perturbador -fosse o mote da história. Um filme mudo seria o suficiente. Para que mais? Parece óbvio que a natureza fez esse homem para ser visto, não ouvido.
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