Desde a farra de "O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei" em 2004, quando o filme de Peter Jackson levou para casa 11 estatuetas, não se via um indicado terminar a noite com tantos prêmios como "Quem Quer Ser um Milionário". Neste Oscar 2009, o filme de Danny Boyle terminou com oito vitórias entre as dez que poderia conquistar: perdeu apenas para "Batman - O Cavaleiro das Trevas", na categoria Edição de Som, e para si mesmo, na categoria Canção Original, na qual competia com duas músicas.
"Quem Quer Ser um Milionário" é um filme bacana, positivo, levanta o ânimo, mas é só isso. Para ser sincero, considero este o trabalho menos inspirado de Danny Boyle (OK, "A Praia" talvez mereça mais essa classificação) e o roteiro de Simon Beaufoy me irrita muito. É uma das coisas mais convencionais (oh, que coisa ir e voltar na ordem cronológica!) e forçadas (ligar a vida do menino a cada resposta do jogo? Pffff...) que vi desta leva do Oscar. Pelo menos não premiaram Eric Roth, que parece ter pegado o roteiro de "Forrest Gump" e reciclado na forma de "Benjamin Button". Mas já falamos exaustivamente sobre esse assunto.
Meu favorito entre os indicados era "Milk", tanto para Filme quanto para Direção. Acabou ficando com Roteiro Original e Ator. O roteirista Dustin Lance Black, aliás, fez um dos mais tocantes e relevantes discursos da noite ao falar abertamente sobre a questão homossexual e os direitos civis, recebendo mais tarde o apoio declarado de Sean Penn - que, aliás, fez questão de citar seu amigo e "concorrente" Mickey Rourke quando foi receber seu prêmio, numa atitude muito cordial e merecida. E por falar em discursos e prêmios para atores, a vitória já esperada de Heath Ledger com o Coringa rendeu a mais bela e justa homenagem que o ator recebeu desde que começou a ser premiado pelo papel. Não pude evitar verter lágrimas ao ver os pais recebendo a estatueta em nome do filho morto. Merecedíssimo prêmio - creio que em vida Ledger também teria ganhado - e correta atitude da Academia de não ligar o cronômetro para o agradecimento da família.
Com a limpa que "Slumdog" fez, a distribuição das demais estatuetas ficou equilibrada: "Benjamin Button" levou três (e perdeu dez! ha ha ha! lero lero!), "Batman" e "Milk" ganharam duas e, com uma, ficaram "O Leitor (Kate Winslet, finalmente!), "Vicky Cristina Barcelona" (Penélope, enfim!), "A Duquesa" (o estranho no ninho do ano) e o japonês "Departures", que desbancou os favoritos a Melhor Filme Estrangeiro "Entre os Muros da Escola" e "Valsa com Bashir", tornando-se a única grande surpresa da noite.
"WALL-E" também ganhou um Oscar, de Longa de Animação. E aqui cabe meu protesto: foi vergonhosa a apresentação da categoria este ano. Se o uso de personagens animados em anos anteriores já havia se desgastado, colocar Jack Black (OK, ele dublou o Kung Fu Panda) e Jennifer Aniston (confesso que não entendi) para entregar o troféu se mostrou desnecessário. E para piorar, o clipe de retrospectiva das animações de 2008 só mostrou trechos de filmes que todo mundo conhece, como se não tivessem sido lançadas outras animações ao longo do ano. Nem mesmo "Valsa com Bashir" foi mostrado. Ao invés disso, revezaram cenas de "WALL-E", "Horton e o Mundo dos Quem", "Bolt", "Kung Fu Panda", "Madagascar 2"...
Por outro lado, a categoria Documentário teve seu devido reconhecimento, tomando quase um bloco inteiro. Com um clipe dirigido por ninguém menos que Albert Maysles, apresentando cada filme indicado (o vencedor foi o favorito, "Man on Wire"), o prêmio foi entregue por Bill Maher, que ano passado estrelou "Religulous" e ainda encaixou piadas sobre religião em seu monólogo de introdução.
Já que comecei a falar da cerimônia, vale dizer que as "grandes mudanças" prometidas pela Academia foram uma grande farsa. Foi um Oscar como qualquer outro, com longas três horas e meia de duração e a mesma fórmula de sempre: prêmio-clipe-intervalo-show-prêmio-intervalo etc. É claro que houve mudanças, mas não foi mais do que se espera ver de diferente a cada ano. De novidades relevantes mesmo só a nova disposição das poltronas (mais juntas ao palco, o que trouxe um clima mais "íntimo" por aproximar platéia e apresentadores) e a forma de apresentar as categorias de atuações. Para cada uma, foram convidados cinco vencedores das estatuetas e eles apresentavam brevemente cada um dos indicados (aliás, colocar Christopher Walken para falar do Michael Shannon só pode ter sido piada interna - pareciam pai e filho de tão parecidos). Tudo bem que alguns textos foram bem piegas, mas o legal disso foi dar a cada nomeado seu minuto de reconhecimento (alguns chegaram até a se emocionar ali mesmo, antes mesmo do anúncio do vencedor) e não apenas aquele clipe com uma cena do filme seguido de um close-up da pessoa na platéia.
No mais, os produtores da cerimônia, Laurence Mark e Bill Condon, como esperado, enfiaram números musicais onde podiam e não podiam (nem mesmo o tradicional clipe in memorian escapou de ter como fundo uma apresentação ao vivo de Queen Latifah). Ficou explicado porque Hugh Jackman foi escalado como anfitrião, já que suas únicas aparições marcantes foram cantando e dançando em dois desses números: um coreografado por Baz Luhrman e com participações de Beyoncé e do casal de High School Musical, fazendo um apanhado de vários musicais famosos (sim, pela enésima vez o Oscar teve um daqueles pout-pourris com canções-tema), e o outro logo no início da cerimônia, na apresentação dos principais indicados (não tinham dito que essa abertura seria extinta?). De resto, Jackman teve uma presença apagada, embora tenha demonstrado muito carisma nas ocasiões em que deu as caras.
Só para completar: os clipes deste ano funcionaram como uma retrospectiva de 2008, e foi sentida a ausência dos trechos de filmes clássicos já premiados pela Academia (esses só apareceram no clipe final, muito bem editado por sinal, que ligou os indicados a Melhor Filme a outros vencedores do Oscar com os quais eles compartilham seus temas). Da dezena de clipes mostrados, gostei daquele escrito por Judd Apatow e Seth Rogen, relembrando as comédias do ano com os personagens de "Pineapple Express" (embora a piada com "O Leitor" e "Dúvida" tenha soado um pouco desrespeitosa para a ocasião). Por outro lado, a apresentação dos indicados a Melhor Fotografia foi desastrosa. Perdeu-se uma oportunidade de valorizar o trabalho de um dos principais profissionais de uma equipe de cinema, para fazer uma piada sobre o "rapper" Joaquin Phoenix, com Ben Stiller fazendo a imitação do ator.
Isso é só um reflexo do que foi a Academia neste e em outros anos, desde as indicações, passando por suas regras voláteis e confusas, até chegar à cerimônia e à premiação: deixam de dar a devida atenção a quem merece. Mas no fim é tudo parte do jogo, não é mesmo?
"Quem Quer Ser um Milionário" é um filme bacana, positivo, levanta o ânimo, mas é só isso. Para ser sincero, considero este o trabalho menos inspirado de Danny Boyle (OK, "A Praia" talvez mereça mais essa classificação) e o roteiro de Simon Beaufoy me irrita muito. É uma das coisas mais convencionais (oh, que coisa ir e voltar na ordem cronológica!) e forçadas (ligar a vida do menino a cada resposta do jogo? Pffff...) que vi desta leva do Oscar. Pelo menos não premiaram Eric Roth, que parece ter pegado o roteiro de "Forrest Gump" e reciclado na forma de "Benjamin Button". Mas já falamos exaustivamente sobre esse assunto.
Meu favorito entre os indicados era "Milk", tanto para Filme quanto para Direção. Acabou ficando com Roteiro Original e Ator. O roteirista Dustin Lance Black, aliás, fez um dos mais tocantes e relevantes discursos da noite ao falar abertamente sobre a questão homossexual e os direitos civis, recebendo mais tarde o apoio declarado de Sean Penn - que, aliás, fez questão de citar seu amigo e "concorrente" Mickey Rourke quando foi receber seu prêmio, numa atitude muito cordial e merecida. E por falar em discursos e prêmios para atores, a vitória já esperada de Heath Ledger com o Coringa rendeu a mais bela e justa homenagem que o ator recebeu desde que começou a ser premiado pelo papel. Não pude evitar verter lágrimas ao ver os pais recebendo a estatueta em nome do filho morto. Merecedíssimo prêmio - creio que em vida Ledger também teria ganhado - e correta atitude da Academia de não ligar o cronômetro para o agradecimento da família.
Com a limpa que "Slumdog" fez, a distribuição das demais estatuetas ficou equilibrada: "Benjamin Button" levou três (e perdeu dez! ha ha ha! lero lero!), "Batman" e "Milk" ganharam duas e, com uma, ficaram "O Leitor (Kate Winslet, finalmente!), "Vicky Cristina Barcelona" (Penélope, enfim!), "A Duquesa" (o estranho no ninho do ano) e o japonês "Departures", que desbancou os favoritos a Melhor Filme Estrangeiro "Entre os Muros da Escola" e "Valsa com Bashir", tornando-se a única grande surpresa da noite.
"WALL-E" também ganhou um Oscar, de Longa de Animação. E aqui cabe meu protesto: foi vergonhosa a apresentação da categoria este ano. Se o uso de personagens animados em anos anteriores já havia se desgastado, colocar Jack Black (OK, ele dublou o Kung Fu Panda) e Jennifer Aniston (confesso que não entendi) para entregar o troféu se mostrou desnecessário. E para piorar, o clipe de retrospectiva das animações de 2008 só mostrou trechos de filmes que todo mundo conhece, como se não tivessem sido lançadas outras animações ao longo do ano. Nem mesmo "Valsa com Bashir" foi mostrado. Ao invés disso, revezaram cenas de "WALL-E", "Horton e o Mundo dos Quem", "Bolt", "Kung Fu Panda", "Madagascar 2"...
Por outro lado, a categoria Documentário teve seu devido reconhecimento, tomando quase um bloco inteiro. Com um clipe dirigido por ninguém menos que Albert Maysles, apresentando cada filme indicado (o vencedor foi o favorito, "Man on Wire"), o prêmio foi entregue por Bill Maher, que ano passado estrelou "Religulous" e ainda encaixou piadas sobre religião em seu monólogo de introdução.
Já que comecei a falar da cerimônia, vale dizer que as "grandes mudanças" prometidas pela Academia foram uma grande farsa. Foi um Oscar como qualquer outro, com longas três horas e meia de duração e a mesma fórmula de sempre: prêmio-clipe-intervalo-show-prêmio-intervalo etc. É claro que houve mudanças, mas não foi mais do que se espera ver de diferente a cada ano. De novidades relevantes mesmo só a nova disposição das poltronas (mais juntas ao palco, o que trouxe um clima mais "íntimo" por aproximar platéia e apresentadores) e a forma de apresentar as categorias de atuações. Para cada uma, foram convidados cinco vencedores das estatuetas e eles apresentavam brevemente cada um dos indicados (aliás, colocar Christopher Walken para falar do Michael Shannon só pode ter sido piada interna - pareciam pai e filho de tão parecidos). Tudo bem que alguns textos foram bem piegas, mas o legal disso foi dar a cada nomeado seu minuto de reconhecimento (alguns chegaram até a se emocionar ali mesmo, antes mesmo do anúncio do vencedor) e não apenas aquele clipe com uma cena do filme seguido de um close-up da pessoa na platéia.
No mais, os produtores da cerimônia, Laurence Mark e Bill Condon, como esperado, enfiaram números musicais onde podiam e não podiam (nem mesmo o tradicional clipe in memorian escapou de ter como fundo uma apresentação ao vivo de Queen Latifah). Ficou explicado porque Hugh Jackman foi escalado como anfitrião, já que suas únicas aparições marcantes foram cantando e dançando em dois desses números: um coreografado por Baz Luhrman e com participações de Beyoncé e do casal de High School Musical, fazendo um apanhado de vários musicais famosos (sim, pela enésima vez o Oscar teve um daqueles pout-pourris com canções-tema), e o outro logo no início da cerimônia, na apresentação dos principais indicados (não tinham dito que essa abertura seria extinta?). De resto, Jackman teve uma presença apagada, embora tenha demonstrado muito carisma nas ocasiões em que deu as caras.
Só para completar: os clipes deste ano funcionaram como uma retrospectiva de 2008, e foi sentida a ausência dos trechos de filmes clássicos já premiados pela Academia (esses só apareceram no clipe final, muito bem editado por sinal, que ligou os indicados a Melhor Filme a outros vencedores do Oscar com os quais eles compartilham seus temas). Da dezena de clipes mostrados, gostei daquele escrito por Judd Apatow e Seth Rogen, relembrando as comédias do ano com os personagens de "Pineapple Express" (embora a piada com "O Leitor" e "Dúvida" tenha soado um pouco desrespeitosa para a ocasião). Por outro lado, a apresentação dos indicados a Melhor Fotografia foi desastrosa. Perdeu-se uma oportunidade de valorizar o trabalho de um dos principais profissionais de uma equipe de cinema, para fazer uma piada sobre o "rapper" Joaquin Phoenix, com Ben Stiller fazendo a imitação do ator.
Isso é só um reflexo do que foi a Academia neste e em outros anos, desde as indicações, passando por suas regras voláteis e confusas, até chegar à cerimônia e à premiação: deixam de dar a devida atenção a quem merece. Mas no fim é tudo parte do jogo, não é mesmo?
15 comentários:
Larry Charles, não, Renato. Bill Maher apresentou a categoria de documentário e fez Religulous.
Abraço
Renato, antes de mais nada, só esclarecendo que o texto a baixo não é dirigido especificamente a voce e nem a ninguém em especial. É dirigido a todos que reclamam (todo ano, embora religiosamente a "prestigiem") da cerimonia. Isto posto... :)
sinceramente, eu não sei o que as pessoas esperam da cerimonia do Oscar. A cerimonia é em essencia, uma série de premios sendo entregue a seus respectivos vencedores. E essa cerimonia é televisionada aqueles que gostam de ver pessoas (neste caso artistas de cinema) recebendo esses premios. Todo o resto (musicais, discursos, piadinhas, protestos...) é incidental. Quem não gosta de cerimonias, que tendem a ser maçantes mesmo, que passe longe de eventos como a CERIMONIA de entrega dos "Academy Awards".
As pessoas esperam que ocorra o que, em uma entrega de premios? Que não haja a entrega? que não haja discursos de agradecimento? que não seja apresentado os concorrentes? Que não haja música, para apresentar as .... músicas concorrentes???(hein????)? Que ao invés de agradecer pelo premio e àqueles que ele julga o ajudaram a ganha-lo, que os ganhadores façam inflamados discursos contra o regime de governo atual de que pais seja, ou qualquer outra choradeira equivalente, aproveitando se da enorme audiência dessa cerimonia tão "decadente", "desprezível" e ultrapassada???(o que até pode e ocorre as vzs, mas convenhamos, não é o propósito da existencia da mesma, e não deixa de ser um oportunismo no mínimo deselegante, essa desvirtuação desse momento de festa.
Enfim, como você realizaria esse evento? E crê que sua solução seria isenta de críticas. Seria a perfeita? Seria unanimemente aclamada como a mais inventiva e sublime forma de conferir premios??
A verdade é que sempre haverão aqueles insatifeitos, que dirão que fariam melhor, que tá um saco, que seria melhor se fosse assim ou assado... que se fosse eu... que não sabe como ainda não viram o que aparentemente só ele percebeu... que, putz! como pode ainda ser assim.... etc, etc, etc...
Bem... tenho um texto no meu blog que fala exatamente desse assunto: a "maçante" cerimonia do Oscar e o que as pessoas esperavam:
http://womni.blogspot.com/2008/03/o-show-do-oscar.html
xlucas
Adendo ao post anterior.
Como a cerimonia parece ser tão ruim, e segundo aos seus detratores só piora a cada ano (ou no minimo se mantem tão ruim quanto) que tal solicitar, que seja extinta. A Academia podia só divulgar um texto com os vencedores, não?
Que tal a sugestão? Seria a "solução final", não?
Ninguém seria obrigado (obrigado??? A Academia aponta um revolver para alguém, forçando-o assistirem tão aborrecida cerimonia??? :) a perder preciosas horas com tão obtuso evento. :)
Se bem, que sei não, viu!!? Acho que surgiria gente reclamando que, só um texto é sem graça,... que falta criatividade,... que queriam ver os artistas recebendo os premios,... que deviam televisionar,... quem sabe até por umas... músicas...
Putz! Hollywood, sejam criativos, afinal vcs não são os melhores artistas/entertainers do mundo??
:) :) :)
xlucas
http://womni.blogspot.com
Pablo Villaça comentou, em resposta a um leitor, do porque assistimos a cerimonia de entrega do Oscar, já que a mesma é maçante e injusta, de que o fazemos pelo o que ela já foi e não pelo o que é atualmente.
Mas, me pergunto.
Em que as cerimonias anteriores; qual época precisamente não ficou claro; diferiam das atuais, que as tornavam melhores??
. Injustiças nas premiações (embora isso seja tão questionável e subjetivo)?
Haviam tão ou até mais "injustiças" nos primórdios da premiação, tanto quanto sempre houve. Orson Wells, Citzen Kane, Kubrick, Chaplin, Nascido em 4 de Julho (perder para "Conduzindo Miss Daisy????), Hitchcock, etc, etc, etc... me vem a mente de imediato.
. Discursos, longos/chatos?
Pesquisem e verão o que eram discursos longos e chatos. Atualmente eles são incomparavelmente menores (inclusive com tempo pre-determinado, mesmo que um o outro extrapole um pouco).
. Números Musicais?
Pura questão de gosto pessoal. Eu particurlarmente gosto, e gostei dos de Hugh Jackman. Como em tudo, há coreografias e músicas que agradam mais e outras que nem tanto (como disse é subjetivo demais). E sem música (ou nºs musicais) nenhuma, aí é que eu acho que haveria choradeira geral de que a cerimonia é maçante, uma mera sucessão tediosa de: anunciar concorrentes, vencedores, agradecer, ... próximo premio.
"Pó! podiam por umas músicas pra agitar, por um tempero; música alegra qualquer ambiente... "
(E tenho quase certeza, que a inclusão de músicas/nº musicais, foi exatamente para tornar a cerimonia menos maçantes :) )
.etc, etc, etc...
Bem, o Oscar, em minha opinião, nunca foi melhor ou pior, mais justo ou injusto, de que em nenhuma época.
Em tempo. Não gente, eu não ganho um "por fora" da Academia para defender sua cerimonia, não :) .
Só não consigo acha-la essa porcaria que a maioria apregoa. Mesmo porque, é somente uma cerimonia de entrega de prémios, nada mais. Acho legal, o registro televisionado da entrega de premios àqueles escolhidos pelos seus pares.
O que esse povo espera, afinal? Que terroristas invadam o palco e metralhe todos os artista presentes, para dar "vida" a cerimonia???? :)
xlucas
http://womni.blogspot.com
Renato realmente o Oscar deixou e muito a desejar se considerarmos as mudanças prometidas, mas analisando todo o evento até que gostei e apesar de ter sido longo, como o hábito rs, não ficou tããão arrastado como nos anos anteriores... mas que os musicais foram de mais isso foram...
Concordo que um dos momentos mais emocionantes da noite foi o dircurso do Dustin Lance Black! O premio do Ledger e o merecido e demorado Oscar da Kate foram os meus outros momentos favoritos
Eu costumo respeitar as opiniões contrárias, mas a implicância que alguns críticos e comentaristas tem com "Benjamin Button" e "Slumdog" é irritante. E tudo isso pq uma parte deles acha que os filmes foram superestimados... e não tem como notar uma certa birra do Renato ao comemorar a derrota de Button em 10 categorias... lamentável...
E convenhamos falar mal da cerimônia do Oscar todo ano é tão chato quanto a própria...
Fica aqui o meu protesto...
Thiago Lucio Oliveira da Silva
www.monocineblog.blogspot.com
PS: Postei como anônimo, pois não tive sucesso ao escolher a minha identidade....
Corrigido, Francisco de Oliveira
Verte lágrimas com o discurso dos pais é demais não?
Com tanta motivo real pra chorar, meu Deus.
Isso é que é alienação.
Tbm achei q dos indicados MILK era o melhor. BENJAMIN BUTTON é razoável, ams um tanto distante e SLUMDOG funciona como fábula simpática, mas nada mais q isso. Filmes espetaculares como WALL-E e O LUTADOR infelizmente não foram indicados. Abs!
Francisco, foi o cansaço... Redigi o texto logo após a cerimônia e tinha passado o dia na praia, enfim... Pura falta de atenção. My fault.
xlucas e Thiago Lucio, a única coisa que eu espero de uma cerimônia de entrega de prêmios TELEVISIONADA é que ela faça jus ao meio. Este ano chamaram produtores de musicais para fazer a cerimônia e deu no que deu. Deviam colocar o J.J. Abrams para dirigir no ano que vem, que tal? :)
O que se vê no Oscar há uma década (ou mais, talvez) é que ela se tornou apenas um evento filmado. Durante um certo tempo, quando os números musicais eram novidades, eles agradavam. Mas isso se tornou óbvio hoje, e sem graça (mas há quem goste, tudo bem, sem problemas). Comentar o Oscar é chato, eu particularmente acho um trabalho irritante. Mas me sinto no "dever" de escrever. Culpem-me por ter escolhido essa profissão. E uu não me estenderia nos comentários este ano caso a própria Academia não tivesse feito promessas de uma "revolução" na cerimônia (ou seja, a própria Academia tem consciência de que sua festa é chata pra cacete). E foi tudo pura propaganda enganosa.
O que eu esperava que melhorasse? Que fosse mais breve, com 2 horas de duração no máximo. Que dessem mais valor aos diretores de fotografia, montadores e aos próprios diretores (colocaram a Reese Witherspoon para entregar o troféu para o Danny Boyle, nada a ver). Isso daria um valor até mesmo educativo para a cerimômia. Diversão? Eu gostava do MTV Movie Awards, mas agora esse está ficando tão chato quanto o Oscar. Mas vamos ficar nisso todo ano até que a Academia realmente faça mudanças... Do jeito que está, eu gostei muito mais dos anos que o Jon Stewart (que conhece muito bem o timing televisivo) apresentou.
Quanto à implicância com "Benjamin Button"... É isso mesmo! Bem-feito! Perdeu! ha ha ha! Adorei! :P
[]s!
Bom, Renato... eu já não tenho a esperança de que a cerimônia do Oscar tenha um tempo reduzido... e sem me ater aos números, essa foi uma das premiações mais dinâmicas desde que eu a acompanho (1998). Eu achei muito bacana os musicais, especialmente o de abertura. Tem pessoas que não gostaram. Eu não gostei do Stewart, prefiro o Steve Martin e acho que o Jackman deveria ter aparecido mais.
Com relação a propaganda enganosa da Academia, eu estranharia se ela promovesse essa edição como uma das mais chatas de todos os tempos. Muito prazer, MKT!
Eu li muitos comentários sobre a premiação, porém pouquíssimos se deram ao trabalho de valorizar as mudanças positivas: o novo arranjo do palco mais próximo da platéia, a nova apresentação dos indicados a atores/atrizes, os efeitos empregados na apresentação dos indicados a roteiro original/adaptado, os comentários que antecederam as indicações a documentário, enfim... logicamente que nem tudo foi perfeito (o pior momento foi a da Latifah cantando na homenagem póstuma).
Com relação a implicância com Button... it´s done! Ainda bem que existem pessoas capazes de olhar o filme com mais carinho (eu, minha namorada, Luis Carlos Merten, Isabela Boscov, entre outros)...
Thiago Lucio Oliveira da Silva
www.monocineblog.blogspot.com
Bom, pra não ficar tb nessa frieza da ironia e do desacordo ... Renato, curto o seu trabalho ... parabéns pelo que vem fazendo ... eu tô aqui acompanhando o seu site ... ele tá no meu FAVORITOS ... é isso aí cara ... VIDA QUE SEGUE...
Thiago Lucio Oliveira da Silva
O que eu acho engraçado é que várias pessoas têm vindo ao cinematório para me xingar na crítica a "Benjamin Button" (não estou falando de você, Thiago - é só olhar os comentários no post), sendo que eu dei nota 7. Ou seja, eu gostei do filme! Só acho supervalorizado e vejo problemas evidentes. Mas não vou pedir desculpas por achar isso. Fincher ainda é um dos meus diretores favoritos apesar do filme. E comemorei a derrota no Oscar como brincadeira, nada além de uma zoação como quando o time rival do seu perde um campeonato. Mas ganhar ou perder Oscar não vai fazer filme nenhum ficar melhor ou pior.
Voltando à cerimônia, Thiago, marketing é marketing, claro. Mas a Academia prometeu uma cerimônia renovada e ficou fazendo mistério durante semanas. Se você acompanha os noticiários, deve ter visto isso. E o que aconteceu é que foi muito barulho por pouco. Agora, eu posso ter detonado a cerimônia no meu texto, mas todos os pontos positivos que você ressaltou eu levantei também (exceto os efeitos da categoria roteiro, porque eu tenho a forte impressão de que já fizeram algo parecido antes, não me pareceu novidade).
Ah, e sinta-se a vontade para debater. O espaço é para isso e, felizmente, você não o usa para ataques anônimos como outros aí.
[]s!
Mas, Renato, falano sério: O Slumdog é pior que o Bnjamin Button?
Igor, desculpa a demora na resposta. Apesar de serem bem diferentes um do outro, mesmo ambos sendo fábulas, eu acho que os dois se equivalem em cotação, são bons filmes. Mas prefiro os outros três indicados (até mesmo o Ron Howard) aos dois.
[]s!
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