Fim dos Tempos

por
  • RENATO SILVEIRA em
  • 19 junho 2008


  • por RENATO SILVEIRA

    Todos os filmes de M. Night Shyamalan são extremamente conceituais. E, na maioria das vezes, os resultados obtidos pelo cineasta variam de ótimo a excelente. É um tanto decepcionante, portanto, que após o martirizado “A Dama na Água”, que é um bom filme incompreendido por muitos, Shyamalan tenha optado por voltar ao gênero suspense com este “Fim dos Tempos”.

    Essa decepção, no entanto, não significa que o filme é ruim. Longe das pedras que a maior parte do público e da crítica tem atirado, “Fim dos Tempos” se sustenta como mais uma tentativa do cineasta de se impor como autor dentro do mainstream de Hollywood. Inevitavelmente, suas melhores intenções não são bem recebidas pela maioria, já que os estúdios ainda não conseguiram descobrir uma forma adequada para vender um filme de Shyamalan sem enganar o público com a promessa de que diretor, um dia, voltará a fazer outro “O Sexto Sentido”.

    Verdade seja dita, Shyamalan não escolheu trilhar o mesmo caminho de Steven Spielberg ou de Alfred Hitchcock, cineastas com os quais ele já foi largamente comparado (e ainda pode ser, já que continua dialogando com temas do primeiro e seguindo como bom aluno as lições de ritmo e estilo ensinadas pelo “mestre do suspense”, a quem não perde a oportunidade de homenagear). Hoje, é mais adequado ver Shyamalan como novo membro da turma de diretores da qual fazem parte Brian De Palma, John Carpenter e George A. Romero. Numa mesma prateleira, é ao lado deles que os filmes de Shyamalan ficam mais bem posicionados. Afinal, desde “A Vila”, ele optou por fazer um cinema muito mais alegórico. Da mesma forma como constrói o suspense e provoca o susto a partir do que está fora de quadro, ele expressa seus descontentamentos e medos em relação ao mundo através daquilo que está subentendido na tela.

    Em “Fim dos Tempos” não é diferente. Por baixo de uma história apocalíptica sobre a revolta do meio-ambiente contra os maus tratos dos homens, está um manifesto implícito sobre a forma como as pessoas têm tratado não apenas a natureza, mas, principalmente, umas às outras. Para Shyamalan, o verdadeiro apocalipse está na sociedade – e já está acontecendo, como na metáfora de “A Guerra dos Mundos”.

    O problema aqui é que Shyamalan parece não se esforçar muito para contar uma história e se contenta apenas com o conceito dela. No filme, as pessoas já estão se matando mesmo antes da epidemia de suicídios (que nada mais é do que uma representação simbólica). Seja pela poluição do planeta, pelas guerras e conflitos religiosos ou pela renúncia do homem a conceitos básicos como comunidade, compaixão e solidariedade, a natureza não quer ser levada junto e trata de exterminar a raça humana para não morrer também. Shyamalan faz alusões a todos aqueles problemas durante o filme, só que elas surgem de uma forma (ironicamente) não-orgânica no roteiro, como se tivessem sido colocadas lá à força, sem seguir um fluxo narrativo natural.

    Da mesma forma, os personagens de “Fim dos Tempos” não são desenvolvidos e se comportam mais como simulacros das idéias de Shyamalan do que como pessoas que estão vivendo aquela situação. O protagonista, o professor de biologia Elliot (Mark Wahlberg), percebe que sua esposa, Alma (Zooey Deschanel), está se distanciando dele, e teme que o casamento entre em crise. Mas ele ainda a ama e quer tentar salvar o relacionamento. É risível que eles se preocupem em discutir a relação enquanto o mundo parece estar acabando, mas... É só isso mesmo? Não é o motivo fútil da preocupação de Alma justamente uma crítica à jovem que se casou cheia de dúvidas e mal sabe lidar com uma atração fugaz que sente por outra pessoa? E não é Elliot uma simples representação do ser humano tentando se reconectar com a sua... Alma? E a senhora (Betty Buckley) que eles encontram durante a fuga: não é ela o último estágio do isolamento a que as pessoas parecem se submeter simplesmente por descrença ou medo do outro – medo este que gera raiva e se confunde com um instinto torto de auto-proteção (como vemos na cena dos garotos que tentam forçar a entrada em uma casa)?

    O “problema” (ênfase nas aspas) com Shyamalan é que ele faz filmes que parecem ser high-concept (isto é, de tramas simples e fáceis de vender), porém ele não os desenvolve meramente em cima do enredo, mas, sim, no que está nas entrelinhas. “Fim dos Tempos” não é um filme sobre árvores assassinas ou pessoas fugindo do vento. As plantas reagem às emoções do homem acima de qualquer outra coisa. É como se aquilo que o botânico diz a Elliot tomasse uma dimensão extrema, como se as plantas tivessem se tornado hiper-sensíveis à energia que os humanos liberam de acordo com o que estão sentindo. Quando se sentem ameaçadas, elas utilizam isso como mecanismo de defesa e processam uma espécie de fotossíntese que, ao absorver as energias negativas, produz um gás tóxico ao invés de oxigênio ou libera uma substância nociva que é carregada pelo ar.

    O que acontece com as plantas é simples, embora nunca provado. Enquanto a mídia provoca confusão com supostas explicações científicas contraditórias sobre a causa dos suicídios em massa, inúmeras pistas apontam que a resposta está em sentimentos básicos do ser humano, como amor e ódio (por sinal, como os filmes de Shyamalan agora são recebidos). A manchete do jornal que diz que o número de assassinatos aumentou na Filadélfia já explica porque a cidade é afetada pela toxina. E se tudo começa em Nova York, há uma relação clara com o 11 de Setembro. O medo e a paranóia, então, acabam por piorar a situação, já que impedem que as pessoas vejam que aquilo que pode imunizá-las é justamente ficarem calmas e se reaproximarem umas das outras. É aqui que o anel do humor de Elliot se mostra importante e também onde Shyamalan se mostra mais irônico: os personagens que sobrevivem não percebem o porquê de terem se salvado.

    “Fim dos Tempos”, assim como “A Vila”, não é para ser visto ao pé da letra. Sua história é típica de um episódio de “Além da Imaginação”, narrado na forma de uma parábola. É um filme onde o que é dito ou mostrado pode ter outro significado além do literal, como, por exemplo, a fala do oficial ferroviário: “Perdemos contato com todos”.

    Neste filme, Shyamalan parece esconder ainda mais aquilo que quer dizer, como se tivesse enterrado um tesouro para ser encontrado por quem realmente está disposto a fazer novas leituras de seus filmes. Aqui, é possível interpretar suas idéias, apesar de todos os problemas do roteiro, que além da estrutura pouco coesa e de personagens superficiais, conta com uma estranha mistura de humor com terror. Este é o filme de censura mais alta de Shyamalan, com cenas gráficas e pesadas. Mas, ao mesmo tempo, nunca ele fez tanta graça, o que acaba por quebrar o clima de suspense e faz com que os momentos de tensão funcionem isoladamente, quase como se ele dissesse: “Agora é hora de levar susto, pessoal”. Além disso, sente-se uma desorganização geral na soma dos temas que ele aborda, sendo que alguns, como o desinteresse dos jovens pelo estudo, não aparentam ter uma conexão com o todo.

    Por outro lado, o estilo de filmar do diretor continua consistente e sua assinatura é rapidamente identificada. Isso tanto nos enquadramentos (sempre bem compostos, com equilíbrio na disposição dos objetos e atores no quadro) quanto nos planos característicos de seus filmes: close-ups, câmera na mão fazendo o ponto de vista do espectador, além da elegante movimentação dos planos-seqüências. E novamente o sucesso das cenas de suspense se deve não ao que o diretor mostra, mas ao que ele esconde (especialmente em duas cenas que envolvem suicídios com armas de fogo). Já quando decide ser explícito, ele também é bem sucedido, graças ao apoio da equipe de efeitos especiais, que se empenhou bastante nas cenas de maior violência.

    “Fim dos Tempos” não é livre de falhas, mas a substância do cinema de Shyamalan está lá, mesmo que ainda crua. É um filme de horror estranho e incomum. Parece um encontro entre o desconhecido de “Os Pássaros”, a metáfora de “Vampiros de Alma” e o pacifismo de “O Dia em que a Terra Parou”, o que resulta em algo que pode ser chamado de “ecoploitation”. E se Shyamalan diz que quis fazer algo como um “filme B sofisticado” (como as atuações e a trilha-sonora fazem lembrar), que seja. É um filme B bonito à beça.

    nota: 6/10 -- veja sem pressa (recomendação de duplo sentido)

    Fim dos Tempos (The Happening, 2008, EUA/Índia)
    direção: M. Night Shyamalan; com: Mark Wahlberg, Zooey Deschanel, John Leguizamo, Ashlyn Sanchez, Betty Buckley, Spencer Breslin, Robert Bailey Jr.; roteiro: M. Night Shyamalan; produção: M. Night Shyamalan, Barry Mendel, Sam Mercer; fotografia: Tak Fujimoto; montagem: Conrad Buff; música: James Newton Howard; estúdio: 20th Century Fox, Blinding Edge Pictures, Spyglass Entertainment, Barry Mendel Productions; distribuição: 20th Century Fox. 91 min

    19 comentários:

    Anônimo disse...

    Respeitando a interpretação que cada um faz a despeito do filme. A impressão que passa em toda crítica positiva que tenho lido é que, para alguém defendê-lo e apreciá-lo, se faz necessário enxergar muito aquilo que tá em tela. Não se trata apenas de fazer uma interpretação extensiva ou vislumbrar um pouco além do tema exposto, mas sim criar formas e elementos que supostamente deveriam estar ali e não estão. A mim, talvez em virtude da minha visão simplista, acho que Fim dos Tempos não passa de um panfleto ecológico contra os maltratos do homem a natureza em forma de filme B e que se saiu espantosamente ruim, mal contado e até mesmo mal dirigido, pois o diretor nem mesmo consegue estabelecer um ritmo, alternando entre cenas carregas de violência gráfica e outras criando a tensão e o suspense com objeto fora do enquadramento - marca característida de Shyamalan -.

    Unknown disse...

    Roberto,
    Concordo em gênero número e grau.
    Porém Shyamalan é o único diretor que sabe fazer filmes de suspense psicológico, e isso não posso negar.

    L.G. Quelhas disse...

    Excelente análise. Concordo plenamente, mas daria uma nota maior para o filme

    The unknown human who sold the world disse...

    Sou fã, muito fã do Shyamalan, mas confesso que saí do cinema desolada. Não tinha lido nada sobre o filme, aí um amigo me disse que ele queria fazer um filme B de propósito. Bem, o filme é sim um filme B. Acho que o que mais me irritou foram as interpretações e o roteiro que se perde no meio do caminho. Mas é um filme B. Se isso é uma referência explícita, sim, ele fez um bom trabalho em termos de juntar todas as características desse estilo. Mas não sei, parece faltar algo.

    Prefiro a versão fábula dele, como a Dama. Mas enfim, respeitar a inteligência da visão do diretor é fazer uma crítica como a que você fez. Limpa, sem bajulações, crível e com pé no chão. Como fã, concordo 100% com vc. Parabéns, Hanny

    Anônimo disse...

    A melhor coisa a respeito de Fim dos Tempos é a crítica do Renato. Uma análise muito interessante a respeito do filme, apesar de discordar muito dela e ter uma visão mais parecida com o que o roberto disse acima, é um filme que poderia ter sido, não é. Gosto dos filmes de M. Night. Ainda tenho A Vila como um filme que muitos revisitarão com olhos diferentes, mas quanto a esse não vejo como avaliá-lo diferente: é ruim e continuará sendo.

    Viniciuz disse...

    rapaz.. muito boa esta sua leitura entrelinhas!
    também não acho o filme completamente ruim, e agora, confesso, ficou mais interessante. Realmente é um erro subestimar Shyamalan, e subestimá-lo se torna particularmente tentador quando se tem os defeitos do filme tão evidentes.
    abçs
    Vinícius

    Anônimo disse...

    Interessante a analise do roberto. Realmente esse lance de ter que ler nas entrelinhas para se "entender/gostar" de um filme é complicado. Dá a impressão de que na realidade o filme é ruim mesmo (embora ruim ou bom seja subjetivo), mas seus fãs não aceitam isso e ficam tentando nos convencer (e se convencerem) de que o filme é bom, mas o diretor "inteligentemente", deixou suas reais intenções e qualidades "escondidas", latentes, foi sútil etc.
    Bem não sei se consegui passar minha ideia.
    Enfim...
    Renato, suas analises/criticas de filmes estão cada dia melhores... o Pablo que se cuide :>).

    Anônimo disse...

    Esse último comentario foi meu...
    postado em 20/6/08 4:47 PM

    esquci de assinar

    xlucas

    Anônimo disse...

    Você disse que o filme era péssimo.. muito ruim.. e ainda da nota 6 pra ele?

    E to decepcionado tb por que você falou bem de A Dama Na Água.. que pra mim.. e não só pra mim.. como tb muita gente.. É um filme extramamente péssimo e de mal gosto.. que ao invés de fazer uma critica bem feita aos criticos(como você) ele ataca de uma forma infantil, expositiva e chula.

    Sem falar no roteiro chato e irritante onde são 80min no minimo do ator principal indo de um canto ao outro entrevistando o pessoal do condominio por uma história péssima e idiota de fantasai.. e confusa aliás.

    Uma vergonha de filme.

    Eu vou esperar Fim dos Tempos chegar em DVD. Pq não tenho coragem de vê-lo no cinema.

    RENATO SILVEIRA disse...

    Roberto (o primeiro que comentou): entendo seu ponto de vista, mas discordo quanto a eu ter apreciado o filme por coisas que não estão na tela. O que eu gostei e expus no texto são coisas que estão no filme, sim. Não de uma forma explícita, mas estão representadas. E tendo visto o filme duas vezes agora, ainda mantenho minha posição de que o problema ambiental é apenas um dos problemas que Shyamalan aponta. O filme é muito mais sobre os homens do que sobre a natureza.

    By the way: não tenho problemas em gostar de um filme que odiei da primeira vez que assisti. Se alguém me mostrar as qualidades escondidas num filme do Uwe Boll e elas fizerem sentido, serei o primeiro a louvá-lo. Mesmo! Afinal, acho que todo mundo assiste a um filme para gostar, né? Mesmo quando vejo um ruim, tento de toda forma achar algo bom nele. Não vejo sentido em ver um filme e se contentar em não ter gostado... Acho também que muita gente (não estou falando de quem não gostou de "Fim dos Tempos", que fique claro) vê um filme e segue em frente. Se não gostou, pronto e acabou. Para quê se importar mais, certo? Afinal, já tem um bom tempo que cinema é tido mais como arte de consumo rápido do que algo para parar e pensar a respeito... E da mesma forma como já passei a gostar de filmes de que não gostei inicialmente, o contrário também já aconteceu. Para quem é cinéfilo de verdade, acho que é mais comum esse processo (ainda que não seja regra). Acho que a importância da crítica está nisso também, porque é onde quem escreve e quem lê pode voltar ao filme e revê-lo na sua cabeça e processar tudo.

    Roberto (o segundo): em nenhum momento eu disse que o filme era péssimo ou ruim. E todas as falhas que apontei são o motivo de ter tirado 4 pontos da nota.

    []s!

    Anônimo disse...

    Ótima crítica, Renato!! Parabéns! Eu adoro o Shyamalan, adoro até A Vila, que muitos detestam, mas esse Fim dos Tempos foi mesmo o seu pior. Também enxergo as qualidades que você apontou, mas há muitos defeitos que não poderiam estar ali num filme de um diretor com a experiência que ele já acumulou. Roteiro mal ajambrado, atuações constrangedoras, situações forçadas. Você ou algum outro leitor que já tenha assistido e que queira discutir, me diga (spoiler): porque motivo ninguém usava máscara de gás? Se desconfiavam de uma toxina no ar, seria óbvio, não? As duas velhinhas que provocam risadas no cinema eram as únicas sensatas. Outra: se Elliot desconfiava que quanto menores os grupos, menores as chances de serem "atacados", porque eles não se dividiam e ficavam "cada um por si"? Grupo menor que "1" não há. Porque no final, quando estão separados no casebre conversando pelo "cano", quando ele vai se juntar a Alma, não tampou o nariz e saiu correndo? Precisava ficar parado que nem palerma respirando bastante as toxinas?! Ah, não dá...

    Anônimo disse...

    Renato, eu penso da mesma forma que vc. "Fim dos Tempos" é praticamente uma parábola. Linda, por sinal, por todas as mensagens que pretende passar. E só por ser provocador de tantas discussões filosóficas, já merece respeito. Afinal, nos faz pensar! Parabéns pela crítica. Estou visitando o seu blog pela primeira vez, mas de agora em diante serei visita constante. E comentarei seus textos sempre que possível.


    E ao "comentarista" Roberto (primeiro): Engraçado como vc mesmo se contradiz ao escrever "em virtude da minha visão simplista". Se vc mesmo admite que sua visão é simplista, não há o que discutir. Eu penso que um filme do Shyamalan, principalmente "Fim dos Tempos" jamais deve ser analisado superficialmente. Tudo está no filme, sim, à espera de uma interpretação mais sensível de cada um.

    Danielle: Vc abandonaria seu amor e uma criança em meio aquele pesadelo só porque desconfia que ficar cada um por si é a solução? Aliás, a minha teoria é de que a solução era justamente o contrário. Ao invés das pessoas se distanciarem pelo medo, elas deviam enfrenta-lo para estarem todas juntas, afinal o sentimento de união é algo bom para a humanidade (e para a natureza tbm?), já o individulalismo/egoísmo... E convenhamos, o Elliot saindo da casa correndo e tampando o nariz não é nada poético hehehe

    Ademar de Queiroz (Demas) disse...

    Renato,
    boa crítica, bons argumentos.
    Concordo com (quase) tudo: o quase fica por conta da nota, eu daria uns pontinhos mais.
    Abração

    Anônimo disse...

    Alice... eu tava sendo irônico, quando citei sobre minha visão simplista. Pensei que estava meio óbvio. Aliás, ainda acho... logo o problema não é meu.

    RENATO SILVEIRA disse...

    Pessoal, a discussão está saudável, não vamos levar as coisas para o lado pessoal, OK?

    E sobre a nota, eu até pensei em subir para 7, mas sei lá... Acho 6 mais honesto. Odeio notas! hehehe

    []s!

    Anônimo disse...

    Alice, você ficaria junto de pessoas que ama se desconfiasse que estando longe salvaria a vida delas? Se ele amava a esposa e a garota tinha que fazer algo para tentar salvá-las. Ele sendo um estudioso, teoricamente uma pessoa prática, tinha que pensar no que seria melhor fazer no momento, não se deixar levar pela emoção de "querer ficar junto".
    Concordo com a sua teoria de que a solução na verdade era o contrário, mas isso é algo que a gente pôde desconfiar no final, com a história do anel e tal. Naquele momento, a hipótese do Elliot era de que grupos menores eram menos suscetíveis, então soa meio idiota ele dizer "vamos nos separar" e continuar todos juntos. Tem até uma cena de cima que mostra os dois grupos se separando, e foi quando eu pensei: e porque não se ramificar mais??
    Sobre ele correr tampando o nariz, do modo como você descreveu não pareceu nada poético, mas acredito que o Shyamalan poderia sim tirar um cena bonita daí.
    Alguém mais concorda comigo? Tenho ainda mais cenas que gostaria de discutir.

    Anônimo disse...

    Renato, peço desculpas. Não era minha intenção provocar respostas inflamadas aqui no seu blog, tá?

    Danielle, realmente essa história de grupos menores ou grupos maiores foi o que mais me deixou confusa num primeiro momento :p. Mas eu continuo pensando que só não se separaram ainda mais porque não queriam se isolar totalmente. Medo, né? No lugar deles eu faria o mesmo. Ficar sozinha numa confusão daquelas, nem pensar! Hehe.

    Anônimo disse...

    Bem, acabei de ver "Fim dos Tempos", e gostei. Concordo que, se havia desconfiança de que há uma toxina no ar, o mais lógico seria usar máscaras; esse é o ponto mais fraco do roteiro na minha opinião.
    No entanto, todo o restante do filme eu achei fantastico (embora possa, caso haja bastante má vontade, encontrar outras falhas no filme, embora, eu não as considere fortes o suficiente para torna-lo ruim). Acho que é um filme que no futuro será reavaliado positivamente. Atualmente, não sei porque "cargas d´gua", existe uma imensa má vontade com o Shyamalan. O cara é um diretor fantástico. E outra coisa que admiro imensamente em Shyamalan é contar histórias originais, nunca antes filmadas.
    Numa época repleta de refilmagens, continuações, re-adaptações de quadrinhos, séries, livros, etc, é bom que haja alguem que nos ofereça algo novo, para enriquecer ainda mais o acervo cultural mundial. E pelo que me consta ele mesmo escreve as historias/argumentos de seus filmes; ou seja, em minha opinião isso o torna muito mais admirável. Imitadores há aos montes (e são até divertidos), já criadores são raros e essenciais para aumentar nosso tesouro cultural.

    xlucas

    Anônimo disse...

    Achei um bom filme, tenso e assustador, claro que tem um roteiro fraco. E concordo quando dizem que o filme deve se visto além do que é mostrado nas telas, assim como Os Pássaros de hitchcock,que deve ser assistido na visão do diretor. Confesso que adoro filmes apocalípticos.

     
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