Mandy Moore é oficialmente a noiva mais detestável de Hollywood. Assim como no desprezível “Minha Mãe Quer Que Eu Case”, lançado apenas alguns meses atrás, a garota faz em “Licença Para Casar” uma personagem igualmente ignóbil, futil e imbecil. E se beleza não é documento, bem... Então Moore precisa urgentemente é de uma licença para atuar, já que sua “técnica” se resume a fazer caras e bocas para parecer “cute” o tempo todo.
Também como em “Minha Mãe Quer Que Eu Case”, em “Licença Para Casar” dá para sentir pena do personagem principal masculino, Ben, vivido por John Krasinski: ele é um bom rapaz, mas acaba sendo submetido à tortura de ter que aturar a futura esposa, Sadie, ganhando como bônus a família irritante da moça. E a fórmula é a mesma: depois de sofrer bastante, o sujeito passa por uma súbita lavagem cerebral de uma cena para outra e corre atrás da garota, comportando-se como um cachorrinho adestrado. Parece até que esses filmes são continuações de “As Esposas de Stepford”, com inversão de sexos.
Só a forma como o protagonista é tratado já seria o bastante para tornar o filme ruim, mas ainda há o personagem de Robin Williams, talvez um de seus piores papéis. O agonizante comediante interpreta o reverendo Frank (“franco” ha-ha), responsável pelo curso de preparação de casamento que Sadie obriga Ben a fazer. É tão ridículo e absurdo seu método, que só se pode tirar duas mensagens dali: ou o matrimônio é uma instituição definitivamente falida ou, para dar certo, o casal tem que ser completamente alienado. Representantes da igreja deveriam tentar banir filmes como este, e não ficar protestando contra outros que não fazem mal algum (na verdade, ajudam a questionar a fé para que ela seja melhor compreendida).
É uma decepção saber que Ken Kwapis dirigiu essa bomba, uma vez que ele havia feito um bom trabalho em “Quatro Amigas e um Jeans Viajante” (um típico “filme de mulherzinha”, despretensioso, leve e bem resolvido). Kwapis mal consegue tirar algum proveito do roteiro, limitando-se a um trabalho burocrático, digno de mais uma comédia romântica formulaica e enlatada que Hollywood nos empurra.
Também como em “Minha Mãe Quer Que Eu Case”, em “Licença Para Casar” dá para sentir pena do personagem principal masculino, Ben, vivido por John Krasinski: ele é um bom rapaz, mas acaba sendo submetido à tortura de ter que aturar a futura esposa, Sadie, ganhando como bônus a família irritante da moça. E a fórmula é a mesma: depois de sofrer bastante, o sujeito passa por uma súbita lavagem cerebral de uma cena para outra e corre atrás da garota, comportando-se como um cachorrinho adestrado. Parece até que esses filmes são continuações de “As Esposas de Stepford”, com inversão de sexos.
Só a forma como o protagonista é tratado já seria o bastante para tornar o filme ruim, mas ainda há o personagem de Robin Williams, talvez um de seus piores papéis. O agonizante comediante interpreta o reverendo Frank (“franco” ha-ha), responsável pelo curso de preparação de casamento que Sadie obriga Ben a fazer. É tão ridículo e absurdo seu método, que só se pode tirar duas mensagens dali: ou o matrimônio é uma instituição definitivamente falida ou, para dar certo, o casal tem que ser completamente alienado. Representantes da igreja deveriam tentar banir filmes como este, e não ficar protestando contra outros que não fazem mal algum (na verdade, ajudam a questionar a fé para que ela seja melhor compreendida).
É uma decepção saber que Ken Kwapis dirigiu essa bomba, uma vez que ele havia feito um bom trabalho em “Quatro Amigas e um Jeans Viajante” (um típico “filme de mulherzinha”, despretensioso, leve e bem resolvido). Kwapis mal consegue tirar algum proveito do roteiro, limitando-se a um trabalho burocrático, digno de mais uma comédia romântica formulaica e enlatada que Hollywood nos empurra.
nota: 1/10 -- pura perda de tempo
Licença Para Casar (License to Wed, 2007, EUA), dir.: Ken Kwapis – em cartaz nos cinemas
5 comentários:
Lamentável reprisar o "fracasso".rs
Agora, de pato para ganso, você sabe quando O Cheiro do Ralo chega em DVD? A espera está sendo destruidora. Li o livro mas não tive a oportunidade de conferir na telona.
Abraços
Ainda não recebi info sobre "O Cheiro do Ralo" em DVD. Engraçado que lembro de ter lido que iria sair pela Universal (notícia animadora), mas não consigo encontrar a fonte. Bom, se eu ficar sabendo de alguma coisa, aviso.
[]s!
Uma duvida sempre me ocorre, quando leio criticas (principalmente negativas) à tecnica/forma/escolhas de interpretação de algum ator.
Por exemplo o Renato reclama das caras e bocas "cute" de Mandy Moore nessa comedia (em tempo: não vi o filme). A duvida que ocorre é a seguinte: essas caras e bocas não fazem parte do roteiro/script e o ator não está simplesmente seguindo-o. Ou os atores tem autonomia para a seu bel prazer inserir caras e bocas em uma cena?
William Souza
O roteiro pode ter alguma indicação, William, mas a responsabilidade é do ator e do diretor. No caso de Mandy Moore, ela parece realmente precisar de um bom diretor que a guie, visto que ela até se saiu bem em "Tudo Pela Fama" e "A Galera do Mal". Já nesses outros...
[]s!
Já me adianto, ainda não vi esses dois últimos da Mandy Moore, mas vi Tudo Pela Fama e Saved. Nos dois ela tem uma personalidade meio irritante, mas é porque o personagem pede e fica claro que aquelas manias e tiques são do personagem e não da atriz. O que deve acontecer - acredito que seja isso - a personagem ser classificada por "Mandy Moore interpretando Sadie", com a atriz querendo mostrar sua meiguice pessoal no filme atravez da sua atuação.
A propósito, valeu pelo Cheiro.
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