Tenho pensado em escrever sobre o filme dos Simpsons desde que saí da pré-estréia. Mas o que mais há para dizer que já não foi dito?
Tenho lido vários textos em blogs e sites e todos parecem concordar: está mais para um episódio de uma hora e meia de duração do que para um longa-metragem. São ótimas as brincadeiras feitas com o formato, com a abertura da tela para o scope, com as intrusivas chamadas da Fox na TV, com o “to be continued...” dos episódios duplos, enfim... E quem não guardará na memória a fabulosa seqüência em que Bart percorre Springfield vestindo apenas... seu skate? Porco-Aranha, Harry Porco... Todo mundo já viu e já falou sobre tudo isso. O que sobrou do filme que ninguém disse, então?
Acho que nada. Dei muitas risadas, mas já dei risadas iguais ou até mais proveitosas em casa (nesse ponto vemos como as comédias de Hollywood andam cada vez mais fracas, já que precisou uma série de TV ir para o cinema para rirmos de verdade de um filme). Não gostei do uso de 3-D em determinadas partes, ainda mais por terem alfinetado tanto as animações computadorizadas nos trailers. E para falar a verdade, achei a história um tanto boba, com aquela balela toda de Marge largar Homer, Bart ser adotado por Flanders e Lisa se apaixonar por um mini-Bono.
No fim das contas, o filme poderia ter sido um especial de TV e não faria muita diferença. Se há um motivo válido para ele ter sido lançado nos cinemas é possibilitar uma experiência coletiva para os fãs se encontrarem com outros fãs. Afinal, como Homer mesmo pergunta logo no início, quem é otário o bastante para pagar por algo que pode ser visto de graça na TV?
A resposta é que não somos otários. Se nós saímos de casa, enfrentamos fila na bilheteria e ainda pagamos o estacionamento do shopping é porque nós amamos os Simpsons, e vê-los na telona foi participar de um evento, não apenas de uma sessão de cinema.
Por isso “Os Simpsons – O Filme” não precisa de mais elogios ou que alguém aponte seus erros. Parece que ao longo de suas quase duas décadas de existência, a série se tornou imune a críticas. Ela continuará viva e forte, virão outros filmes e outros produtos, os herdeiros de Matt Groening assumirão seu legado e Homer continuará estúpido, gordo, careca e adorado, como sempre.
Mas tenho certeza que alguém já deve ter falado sobre isso.
Tenho lido vários textos em blogs e sites e todos parecem concordar: está mais para um episódio de uma hora e meia de duração do que para um longa-metragem. São ótimas as brincadeiras feitas com o formato, com a abertura da tela para o scope, com as intrusivas chamadas da Fox na TV, com o “to be continued...” dos episódios duplos, enfim... E quem não guardará na memória a fabulosa seqüência em que Bart percorre Springfield vestindo apenas... seu skate? Porco-Aranha, Harry Porco... Todo mundo já viu e já falou sobre tudo isso. O que sobrou do filme que ninguém disse, então?
Acho que nada. Dei muitas risadas, mas já dei risadas iguais ou até mais proveitosas em casa (nesse ponto vemos como as comédias de Hollywood andam cada vez mais fracas, já que precisou uma série de TV ir para o cinema para rirmos de verdade de um filme). Não gostei do uso de 3-D em determinadas partes, ainda mais por terem alfinetado tanto as animações computadorizadas nos trailers. E para falar a verdade, achei a história um tanto boba, com aquela balela toda de Marge largar Homer, Bart ser adotado por Flanders e Lisa se apaixonar por um mini-Bono.
No fim das contas, o filme poderia ter sido um especial de TV e não faria muita diferença. Se há um motivo válido para ele ter sido lançado nos cinemas é possibilitar uma experiência coletiva para os fãs se encontrarem com outros fãs. Afinal, como Homer mesmo pergunta logo no início, quem é otário o bastante para pagar por algo que pode ser visto de graça na TV?
A resposta é que não somos otários. Se nós saímos de casa, enfrentamos fila na bilheteria e ainda pagamos o estacionamento do shopping é porque nós amamos os Simpsons, e vê-los na telona foi participar de um evento, não apenas de uma sessão de cinema.
Por isso “Os Simpsons – O Filme” não precisa de mais elogios ou que alguém aponte seus erros. Parece que ao longo de suas quase duas décadas de existência, a série se tornou imune a críticas. Ela continuará viva e forte, virão outros filmes e outros produtos, os herdeiros de Matt Groening assumirão seu legado e Homer continuará estúpido, gordo, careca e adorado, como sempre.
Mas tenho certeza que alguém já deve ter falado sobre isso.
nota: 7/10 -- vale o ingresso
Os Simpsons – O Filme (The Simpsons Movie, 2007, EUA), dir.: David Silverman – em cartaz nos cinemas.
6 comentários:
Renato, você podia ter comentado mais os furos do filme, que eu achei péssimo. É draminha demais...oh Bart quer ser adotado...oh Marge acha o marido tão ridículo que quer deixa-lo....apagando, veja bem...parte do video de casamento?
Sinceramente...sou mais o South Park - o filme.
Mais uma vez, li meus pensamentos em suas palavras.
Qual o real motivo da série ter sido levada aos cinemas? Simplesmente para dar aos fãs a oportunidade de muitos se reunirem para rir juntos. E é exatamente isso que eu amo no cinema; rir junto com todos da sala, xingar junto, indignar-se junto, ficar em silêncio, permanecer sentado durante os créditos na espera de alguma cena extra...
Nossa, como o cinema é mágico.
Eu tambem já achei o cinema (me refiro as salas) magico, principalmente em minha adolescencia e inicio da vida adulta. Hoje em dia perdi o tesão de ir em salas de cinema. Excetuando-se a melhor qualidade de imagem (nem sempre, tem salas com imagem pessima, ou tinha, faz tempo que não vou a uma sala, o ultimo filme que vi em uma sala foi "A Vingança dos Sith"); não vejo nada que me convença a ir em uma sala. Não tenho mais saco para ter que assistir a um filme de
uma "sentada" só, se piscar e perder uma cena só tem como rever se pagar e esperar pra ver outra sessão (quando vi Matrix Reloaded no cinema, eu quis ficar pra ver a outra sessão, visto que o filme tem dialogos bem complexos de se entender de 1º, porem um funcionario disse que eu só poderia ver outra sessão se comprasse outro ingresso. Lembro de uma epoca que se podia assistir quantas sessões quisesse com um ingresso).
Hoje em dia prefiro ver filmes em casa, no DVD na TV ou no computador. Posso dar pausa, retornar uma cena para reve-la, ler as legendas com calma. O som hoje
em dia é melhor do que em muitas salas. As salas em geral são lotadas de gente sem educação, fazem barulho e te impedem as vzs de curtir o som do filme,
passam na frente etc. Sem contar a aporrinhação que é toda a "viagem" que é necessaria para se ver um filme em uma sala hoje em dia: gastos com transporte, fila pra comprar carissimos ingressos, correr para pegar um bom lugar, sem contar o medo da violencia urbana (assalto, e até morte) etc. E mesmo em relação a imagem as TVs atuais já está aos poucos se igualando e logo, creio vai superar a qualidade das salas.
Eu, acredito que no futuro, até proximo, a tendencia é extinção das salas de cinema. Pra mim pessoalmente, não farão falta.
William Souza
Eu sentirei falta, William. E muita. Para mim é praticamente um ritual ir ao cinema. Mas tenho que concordar contigo que o futuro é muito obscuro para as salas como as conhecemos hoje. Ultimamente, tenho preferido ir a sessões em horários alternativos para evitar o público que acha que está vendo um DVD em casa. É foda, fico puto mesmo quando as pessoas não respeitam o espaço compartilhado com outras. Acho que o jeito será a fuga aos cineclubes, para reunir os cinéfilos, e, para quem puder, montar sua própria sala de cinema em casa. Nesse caso, perde-se a coletividade, mas ao menos o espaço ainda pode ser preservado.
[]s!
E, vamos ser sinceros, há uma boa quantia em dinheiro para ser embolsada com o filme. Uma impossibilidade para a tv.
Eu nunca fui um grande fã do seriado e talvez por isso o filme tenha sido tão proveitoso pra mim, era como se tudo fosse uma novidade. Interessante é que ele se sustenta o tempo todo na comédia e na acidez crítica sem se perder um só momento. O ritmo é ágil e a história é narrada com bastante segurança. Impossível não morrer de rir com o porco-aranha ou com a sequência do Bart andando de skate. Nunca ri tanto no cinema esse ano!!!
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