A Colheita do Mal

por
  • RENATO SILVEIRA em
  • 27 abril 2007


  • Não fossem duas seqüências no terceiro ato que contam com efeitos visuais mais elaborados, “A Colheita do Mal” poderia muito bem ser um daqueles suspenses sobrenaturais feitos direto para vídeo. É mais um título do filão de filmes de terror que explora temas bíblicos, agora tendo como premissa a passagem das Dez Pragas. Aliás, a explicação científica que a protagonista dá para o fenômeno é um dos poucos pontos interessantes do longa.

    A presença de Hilary Swank no elenco deveria ser indicação de qualidade, afinal trata-se de uma atriz vencedora (e merecedora) de dois Oscars. Ela não está mal no papel de uma “desvendadora de mitos” chamada para investigar o que acontece em uma pequena cidade onde mortes e estranhos eventos são atribuídos a uma garotinha (AnnaSophia Robb, que vem tentando desbancar Dakota Fanning do posto de atriz mirim loira do momento). Swank faz bem o seu trabalho, mas fica claro que é um filme que ela escolheu só para colocar dinheiro na conta – o que não é a primeira vez que faz (todos se lembram de “O Núcleo”, certo?). Atitude longe de ser condenável, pois podemos esperar que ela se redima em seus próximos projetos.

    O elenco também conta com Stephen Rea, desperdiçado em um papel secundário de padre, e o canastríssimo David Morrissey, que um dia ainda vai interpretar uma versão mais jovem de Liam Neeson (na cinebiografia de Abraham Lincoln que Spielberg está preparando, quem sabe?).

    Stephen Hopkins volta a ser medíocre na direção depois do ótimo “A Vida e a Morte de Peter Sellers”. Quando quer assustar, recorre ao velho clichê de chegar sorrateiramente por trás do espectador e dar um grito em seu ouvido. Além disso, nas seqüências de maior agitação ele põe a câmera tão perto dos atores que fica difícil identificar o que acontece na tela.

    Escrito pelos incríveis gêmeos Chad e Carey Hayes - a antítese perfeita da máxima “duas cabeças pensam melhor do que uma” (eles fizeram “A Casa de Cera”, não preciso dizer mais nada) - “A Colheita do Mal” ainda tenta colocar mais um “filho de satã” à solta no mundo do cinema. E disso já bastam Damien e o bebê de Rosemary...

    nota 4 -- não se culpe por não ver

    A Colheita do Mal (The Reaping, 2007, EUA), dir.: Stephen Hopkins – em cartaz nos cinemas

    6 comentários:

    Anônimo disse...

    Renato, essa fonte amarela é meio chata pra ler os textos.

    RENATO SILVEIRA disse...

    Que fonte amarela?

    []s!

    Anônimo disse...

    É pq algumas vezes quando o site abre as letras ficam amarelas.

    RENATO SILVEIRA disse...

    Hum... Estranho, porque a fonte dos posts está definida como preto e o fundo é branco. Não tem nada para carregar que possa fazer o fundo confundir com a fonte. Mas parece que é um problema com o Firefox, segundo outro leitor. Bom... De qualquer forma, valeu pelo aviso. Vou tentar resolver isso.

    []s!

    Cine Ôba! disse...

    Não falando sobre a fonte,mas sobre o filme,rs, realmente foi uma péssima escolha do Rea e da Swank em fazer esse filme que, em nada acrescenta ao filão do gênero,pelo contrário, nem assustar assusta.Oh grana perdida!E o pior, Stephen Hopkins ainda deixa ponta para uma continuação.Graças a Damien o filme foi um fracasso.

    Cheirliane disse...

    por ainda haver um bb filho de satã, ainda haverá uma continuação desse filme?

     
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