É uma pena que a atuação de Matt Damon tenha sido tão mal apreciada, ele realmente mereceria pelo menos uma indicação, seja ao Globo de Ouro ou ao Oscar de Melhor Ator, como reconhecimento merecido por uma interpretação tão complexa. Muitos vão argumentar que a interpretação de Damon é contida, não chamando assim a atenção necessária para um prêmio e isso é um engano muito grande da parte daqueles que determinam as melhores atuações do ano. A atuação de Damon pra mim é uma das mais complexas de 2006, senão dos anos recentes.
É muito fácil exagerar em uma atuação, como Nicholson fez em “Questão de Honra” e “Melhor é Impossível”, ambas recebidas com láureas e recompensadas com indicações a diferentes prêmios. Me lembro na cena do julgamento, na parte onde a famosa frase “You can't handle the truth!” aparece, Nicholson chega a mostrar todos os dentes para o personagem de Tom Cruise, quase mastigando o mesmo e metade do cenário. Não estou tentando ser engraçado aqui. O ato de mostrar a maioria dos dentes é um ato de agressão no reino animal. Nicholson estava apenas mostrando quem é o macho-alfa naquela situação, impondo-se sobre o advogado interpretado por Cruise. Isso não é um ato planejado durante a concepção do personagem. Esses pequenos detalhes são uma espécie de canalização que Nicholson faz e continua fazendo até hoje (apesar que na grande maioria dos filmes que Nicholson fez por dinheiro, ele não estava interpretando ninguém mais além dele mesmo). O mesmo exemplo serve para Al Pacino em “Scarface” ou “O Advogado do Diabo”. Grandes atores, atuações exageradas.
São interpretações ruins? Não.
A atuação de Matt Damon em “O Bom Pastor” é exatamente o oposto do exagero. Damon contém tanto o personagem, que tem que abdicar de tantas coisas como uma vida comum e até o próprio filho. Durante a única cena que seu personagem se exalta numa discussão com a esposa interpretada por Angelina Jolie, ele nós faz ter pena do coitado, nos fazendo esquecer que aquele personagem é responsável por torturas, assassinatos e outros atos horríveis.
É uma pena que todos tenham passado por cima de uma atuação tão complexa. E é a segunda vez que acontece com Damon esse ano, porque poucos reconheceram a atuação dele em “The Departed”. Uma injustiça. Ainda mais por esses cabeças de vento terem dado uma indicação para o Marky Mark, que continua fazendo o mesmo papel de psicopata que sempre fez.
O Bom Pastor (The Good Shepherd, 2006, EUA), dir.: Robert De Niro - 23 de fevereiro nos cinemas brasileiros.
É muito fácil exagerar em uma atuação, como Nicholson fez em “Questão de Honra” e “Melhor é Impossível”, ambas recebidas com láureas e recompensadas com indicações a diferentes prêmios. Me lembro na cena do julgamento, na parte onde a famosa frase “You can't handle the truth!” aparece, Nicholson chega a mostrar todos os dentes para o personagem de Tom Cruise, quase mastigando o mesmo e metade do cenário. Não estou tentando ser engraçado aqui. O ato de mostrar a maioria dos dentes é um ato de agressão no reino animal. Nicholson estava apenas mostrando quem é o macho-alfa naquela situação, impondo-se sobre o advogado interpretado por Cruise. Isso não é um ato planejado durante a concepção do personagem. Esses pequenos detalhes são uma espécie de canalização que Nicholson faz e continua fazendo até hoje (apesar que na grande maioria dos filmes que Nicholson fez por dinheiro, ele não estava interpretando ninguém mais além dele mesmo). O mesmo exemplo serve para Al Pacino em “Scarface” ou “O Advogado do Diabo”. Grandes atores, atuações exageradas.
São interpretações ruins? Não.
A atuação de Matt Damon em “O Bom Pastor” é exatamente o oposto do exagero. Damon contém tanto o personagem, que tem que abdicar de tantas coisas como uma vida comum e até o próprio filho. Durante a única cena que seu personagem se exalta numa discussão com a esposa interpretada por Angelina Jolie, ele nós faz ter pena do coitado, nos fazendo esquecer que aquele personagem é responsável por torturas, assassinatos e outros atos horríveis.
É uma pena que todos tenham passado por cima de uma atuação tão complexa. E é a segunda vez que acontece com Damon esse ano, porque poucos reconheceram a atuação dele em “The Departed”. Uma injustiça. Ainda mais por esses cabeças de vento terem dado uma indicação para o Marky Mark, que continua fazendo o mesmo papel de psicopata que sempre fez.
O Bom Pastor (The Good Shepherd, 2006, EUA), dir.: Robert De Niro - 23 de fevereiro nos cinemas brasileiros.
1 comentários:
sempre achei o Damon um puta ator... bem melhor que o Ben Affleck que não sabe escolher os filmes que faz. devia aprender mais com o amigo dele!
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