Eu sinceramente retiro tudo o que eu disse sobre a escolha de Daniel Craig como o novo 007. Craig está perfeito e “Casino Royale” é, sem dúvida, um dos três melhores filmes da série.
É bom ver que a lição de casa foi feita. James Bond deixou de ser a caricatura exibida por Pierce Brosnan nos últimos filmes da série (carro invisível?!? Já é demais!), com exceção de “007 Contra Goldeneye”, não por acaso, também dirigido por Martin Campbell. James Bond está apto aos tempos de hoje, onde as agências de espionagem estão lutando contra o terrorismo ao redor do mundo. Está também mais eficiente, inteligente e mortal: Bond é um instrumento cego a serviço da Rainha.
Com um bom roteiro, Campbell consegue dirigir seu elenco, que conta também com as presenças de Giancarlo Gianinni, Eva Green, Mads Mikkelsen e o sempre excelente Jeffrey Wright, além de Judi Dench como “M”, estabelecendo aqui a única relação entre esta nova série e a série anterior. Eu digo nova série, porque vemos aqui como James Bond recebeu sua permissão para matar, estabelecida pelos dois zeros antes do número 7 - algo demonstrado de forma brutal talvez pela primeira vez na série. Matar não é algo prazeroso para Bond, apesar de, a certa altura, o mesmo declarar que ele “não seria bom em seu trabalho se não fosse eficiente nessa área”.
Todo filme da série 007 segue os mesmos padrões e esse não foge à regra: belas locações, excelentes cenas de ação, carros potentes e um vilão ameaçador. A diferença aqui está no roteiro, mais seco e ajustado ao Bond que Daniel Craig interpreta, com um semblante duro e fechado (excluindo as piadinhas habituais) e extremamente másculo ao ponto de não se esquivar de balas disparadas contra ele ou rir diante da tortura.
007 está em boas mãos, não se preocupem. Que venha o próximo.
007 - Cassino Royale (Casino Royale, 2006, EUA/Inglaterra), dir.: Martin Campbell - 15 de dezembro nos cinemas brasileiros
7 comentários:
tô doido pra ver
Já esperava coisa boa e parece que será bom mesmo! Só falta ter censura 18 anos que nem Os Infiltrados, só para eu não poder ver...
Aliás, Renato... Você sabe se vão mudar a classificação etária de Os Infiltrados, quem nem aconteceu recentemente com Munique?
Marco
PS: Ah... O post anterior é meu também! =D
Marco, não recebi essa informação. Aliás, eu jurava que "Os Infiltrados" era 16 anos. Putz...
[]s!
Eva Green !!!!
Só esse detalhe já vale uma conferida...
Li Cassino Royale numa edição toda encarquilhada e sempre fiquei intrigado por nunca terem feito uma versão para os cinemas de forma séria (aquela versão com o Peter Sellers definitivamente não conta!). Quando falaram que Daniel Craig seria o novo 007, meu interesse começou a aumentar (por conta do filme Nem tudo é o que parece, um excelente filme. Se não viu, veja!) Agora é esperar para conferir. A Warner só não esperava que o pinguim Happy Feet fosse dar tanto trabalho (e, diga-se de passagem, pinguim é ótimo). O que só realça ainda mais a força do filme nas bilheterias americanas. Abraços do crítico da caverna.
Pois é, todo mundo falava mal desse cara, mas serei bem honesta. Mesmo com a boa interpretação do Daniel, eu acho que essa série já está com a validade vencida... Abs
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