M. Night Shyamalan está para se tornar o diretor mais detonado pela crítica americana nos últimos anos. Seu novo filme, “A Dama na Água”, estréia nos EUA na próxima sexta, e o que se tem falado a respeito não é nada animador. Para se ter uma idéia, no site RottenTomatoes.com, que reúne os principais críticos online do mundo, a cotação é de apenas 10% positivo (já foram publicadas 21 críticas sobre o filme, sendo que 19 são negativas).
Vendo isto, me ocorreu a idéia de criar um novo “quadro” aqui no blog: Vozes do Além. Sempre que um filme muito esperado estiver para estrear, vou compilar algumas opiniões da crítica internacional para vocês terem uma idéia do que está sendo falado lá fora. Tooms disse que vai assistir ao filme esse fim de semana, então, aguardem o post dele. Por hora, vamos ao Shyamalan-bashing:
“Quando você leva em consideração um conto de fadas moderno, não importa o quão estranho ele seja, descrições ideais incluem “cativante,” “encantador” e “mágico.” Elas não incluem “tolo,” “ridículo” e “risível.” Infelizmente, no caso de “A Dama na Água,” o último grupo de adjetivos é o que se aplica.” – James Berardinelli, ReelViews.
“Nada vai preparar você – nenhum dos filmes anteriores dele (Shyamalan), nenhuma crítica que você possa ler, nem mesmo passar uma vida inteira assistindo a desenhos de “Pokémon” e “Yu-Gi-Oh!” – para a insensatez desenfreada de “A Dama na Água.” – Michael Atkinson, Village Voice.
“A Dama na Água” é descrito pelo Sr. Shyamalan como uma “história de ninar” que ele contava para seus filhos. Nem pense em repeti-la para os seus, a menos que você planeje transformá-los em fugitivos, órfãos ou coisa pior.” – Rex Reed, New York Observer.
“Seria uma gentileza dizer que “A Dama na Água” é uma história para a criança dentro de todos nós. Mas ela devia ter permanecido como uma história apenas para as crianças de Shyamalan.” – David Germain, Associated Press.
“Estou muito, muito triste por informar isto, porque eu admiro a louca coragem de M. Night Shyamalan – a coragem de seguir em frente com a visão de um filme em que ele acredita 110%, apesar do risco de fracasso completo. Existem muito poucos cineastas como ele. Mas depois que começarem a falar sobre “A Dama na Água,” muitos cineastas vão se sentir muito, muito aliviados por não se parecerem em nada com Night.” – Jeffrey Wells, Hollywood Elsewhere.
Já deu para sentir que a coisa não está nada boa para o lado do Shyamalan, né? Mas um parágrafo da resenha positiva de Harry Knowles, do Ain’t It Cool News, me fez voltar a entrar no clima e esperar por um bom filme:
“[‘A Dama na Água’] é sobre jogar fora a lógica e a praticabilidade. É sobre deixar de ser auto-consciente. (...) É sobre trazer abaixo o mundo real e colocá-lo em uma parte ridícula da falta de lógica de uma história de ninar. Você consegue lidar com isso?” Mais para a frente, ele continua: “Você bateria palmas para salvar a fada Sininho? Você conseguiria bater palmas para salvar Sininho? E a idéia de bater palmas para salvá-la faz você se sentir um pouco bobo... ou auto-consciente? Este é um filme que pede que você não acredite no aqui e agora. Que não pise na realidade, mas pise nas mãos de um escritor e deixe que ele te conte uma história, onde ele vai inventando tudo à medida em que segue adiante e onde a lógica tem pouco ou nenhum espaço.”
Eu sei, Knowles está longe de ser parâmetro de crítico recomendado, mas tenho que admitir que concordo algumas vezes com o que ele escreve. E realmente espero que esta seja uma delas.
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