“Namorados Para Sempre” foi lançado nos cinemas brasileiros no fim de semana do Dia dos Namorados, mas apesar dessa estratégia de marketing e do título usado pelo distribuidor, o filme está longe de ser um romance com final feliz para pombinhos apaixonados.
Sendo bem direto: “Namorados Para Sempre” é uma tragédia sobre o início e o fim de um relacionamento. Michelle Williams interpreta uma jovem enfermeira que inicia um namoro com um rapaz (Ryan Gosling) que cuida de um senhor no mesmo asilo em que a avó da jovem está internada. Pautado pelas grandes performances de seus atores principais, o filme alterna entre presente e passado para estabelecer o contraste entre a paixão à flor da pele que os dois namorados sentem no início da relação, com a indiferença e a rotina de dificuldades que destróem esse sentimento anos mais tarde.
É um filme triste, sem sombra de dúvida, mas que oferece alguma reflexão sobre os pesos e medidas das relações afetivas. Essa reflexão, no entanto, soa forçadamente fatalista, apesar de corresponder a uma realidade contemporânea em que casamentos se desfazem com muito mais facilidade do que em gerações anteriores, para as quais o mais importante era manter as aparências diante da sociedade.
A impressão que tive foi a de ter assistido a mais um desses filmes indies americanos sobre o fim do sonho americano (até hoje não acordaram disso?) em uma família disfuncional - algo que é reforçado no estilo empregado pela câmera do diretor Derek Cianfrance, que se mostra presente o tempo todo em cena, acompanhando os atores por trás dos ombros, além de fazer questão de ressaltar a aspereza do drama do casal carregando na granulação da fotografia de Andrij Parekh.
Namorados Para Sempre (Blue Valentine, 2010, EUA)
direção: Derek Cianfrance; roteiro: Derek Cianfrance, Cami Delavigne, Joey Curtis; fotografia: Andrij Parekh; montagem: Jim Helton, Ron Patane; música: Grizzly Bear; produção: Lynette Howell, Alex Orlovsky, Jamie Patricof; com: Ryan Gosling, Michelle Williams, Faith Wladyka, John Doman, Mike Vogel; estúdio: Hunting Lane Films, Silverwood Films; distribuição: Paris Filmes. 112 min
Sendo bem direto: “Namorados Para Sempre” é uma tragédia sobre o início e o fim de um relacionamento. Michelle Williams interpreta uma jovem enfermeira que inicia um namoro com um rapaz (Ryan Gosling) que cuida de um senhor no mesmo asilo em que a avó da jovem está internada. Pautado pelas grandes performances de seus atores principais, o filme alterna entre presente e passado para estabelecer o contraste entre a paixão à flor da pele que os dois namorados sentem no início da relação, com a indiferença e a rotina de dificuldades que destróem esse sentimento anos mais tarde.
É um filme triste, sem sombra de dúvida, mas que oferece alguma reflexão sobre os pesos e medidas das relações afetivas. Essa reflexão, no entanto, soa forçadamente fatalista, apesar de corresponder a uma realidade contemporânea em que casamentos se desfazem com muito mais facilidade do que em gerações anteriores, para as quais o mais importante era manter as aparências diante da sociedade.
A impressão que tive foi a de ter assistido a mais um desses filmes indies americanos sobre o fim do sonho americano (até hoje não acordaram disso?) em uma família disfuncional - algo que é reforçado no estilo empregado pela câmera do diretor Derek Cianfrance, que se mostra presente o tempo todo em cena, acompanhando os atores por trás dos ombros, além de fazer questão de ressaltar a aspereza do drama do casal carregando na granulação da fotografia de Andrij Parekh.
Namorados Para Sempre (Blue Valentine, 2010, EUA)
direção: Derek Cianfrance; roteiro: Derek Cianfrance, Cami Delavigne, Joey Curtis; fotografia: Andrij Parekh; montagem: Jim Helton, Ron Patane; música: Grizzly Bear; produção: Lynette Howell, Alex Orlovsky, Jamie Patricof; com: Ryan Gosling, Michelle Williams, Faith Wladyka, John Doman, Mike Vogel; estúdio: Hunting Lane Films, Silverwood Films; distribuição: Paris Filmes. 112 min
2 comentários:
Um filme fora de série. Mostra a degradação do amor.
Dá uma passada para ler a minha opnião:
http://filosofismas.wordpress.com/2011/07/12/blue-valentine-%e2%80%93-a-degradacao-do-amor/
Abraços.
Bem diferente, bom. Muito bom trabalho do ator John Doman. E, por isso, estou na expectativa da estréia da nova série que ele participa, Borgia, que fala sobre a ambição de uma família para chegar ao poder no Vaticano. Quero muito assistir.
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